Você já ouviu falar em estética baseada em dados? Esse novo olhar sobre os tratamentos de beleza vem ganhando espaço entre clínicas, consultórios e pacientes que buscam resultados mais duradouros, individualizados e, acima de tudo, saudáveis.
A proposta é simples: entender o que o corpo revela por dentro antes de agir por fora. Por isso, a avaliação de exames laboratoriais tem se tornado parte essencial do planejamento estético, especialmente entre mulheres adultas que enfrentam desafios como queda de cabelo, flacidez, envelhecimento precoce, cansaço persistente e perda de viço na pele.
Em vez de escolher um protocolo apenas com base na aparência da pele, da face ou do cabelo, a nova abordagem leva em consideração indicadores como cortisol, testosterona, vitamina D, ferritina, glicemia e até TGP e TGO (enzimas hepáticas que ajudam a entender como o fígado está lidando com tudo isso). A ideia é descobrir o que pode estar travando os resultados — e corrigir a causa antes de investir em bioestimuladores, lasers, preenchimentos ou outras técnicas.
Exemplos práticos:
- -Baixa testosterona: flacidez, perda de contorno facial, queda de libido, desânimo.
- Vitamina D baixa: pele opaca, imunidade comprometida, resultados estéticos lentos.
- Zinco baixo: queda de cabelo, baixa síntese de colágeno, dificuldade de cicatrização.
- Cortisol alto: acúmulo de gordura facial e abdominal, rugas precoces, queda capilar.
Esse movimento tem atraído, principalmente, mulheres que vivem uma rotina intensa, com alto nível de estresse, sono desregulado e exposição constante à tela — um cenário comum entre profissionais de alta performance que também lidam com uma pressão estética silenciosa, mesmo em ambientes de liderança.
A estética baseada em dados une o que há de mais moderno na medicina funcional, integrativa e preventiva, com estratégias que respeitam a individualidade de cada paciente. É a beleza como extensão da vitalidade — e não mais uma correção isolada dos sinais do tempo.
Ao observar a raiz do problema, e não só os efeitos visíveis, essa abordagem promete uma nova geração de tratamentos mais conscientes, eficientes e conectados à saúde real.
* Dra. Juliane Hostert é CEO do Instituto Hostert e cientista do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe. Através da ciência, oferece tratamentos estéticos que combinam saúde e tecnologia para promover rejuvenescimento natural, com foco em resultados estratégicos.