Com a chegada oficial do inverno no hemisfério sul em 20 de junho, começa também uma temporada especialmente favorável para quem deseja investir em cuidados estéticos. A estação, marcada por temperaturas mais baixas e menos incidência de radiação solar, oferece condições ideais para a realização de procedimentos que demandam maior tempo de recuperação e eficácia potencializada.
Ao contrário do que muitos imaginam, o frio não apenas permite, mas favorece tratamentos regenerativos e estratégias mais agressivas de estímulo à pele. É quando a estética entra em sua fase mais silenciosa e, ao mesmo tempo, mais estratégica.
Um dos principais benefícios da estação está na menor incidência dos raios ultravioleta. Embora estejam presentes durante todo o ano, eles têm intensidade significativamente reduzida no inverno. Isso diminui os riscos de hiperpigmentações pós-inflamatórias, especialmente em procedimentos como peelings químicos, lasers, microagulhamento e terapias com bioestimuladores.
As mudanças fisiológicas provocadas pelo frio também contribuem para melhorar a resposta da pele. Com a diminuição da oleosidade e da sudorese, a barreira cutânea se torna menos reativa, o que amplia a tolerância a ativos potentes e protocolos mais intensivos. É o momento ideal para peelings mais profundos, terapias com exossomos, fatores de crescimento e ativos de última geração que exigem uma pele menos sensibilizada.
A recuperação também costuma ser mais tranquila. As temperaturas baixas funcionam como anti-inflamatório natural, reduzindo edemas e desconfortos após procedimentos como preenchimentos, fios de tração e bioestimulação corporal. Além disso, o uso de roupas mais fechadas e confortáveis facilita a adesão a cintas modeladoras e roupas de compressão, indispensáveis em certos protocolos.
Outro aspecto que favorece os tratamentos estéticos no inverno é o tempo de resposta. Muitos protocolos apresentam resultados progressivos, com picos entre 60 e 90 dias após a aplicação. Ou seja: quem inicia agora terá os melhores efeitos justamente no início da primavera e do verão, épocas de maior exposição social.
Para quem realiza acompanhamento contínuo, a estação também é propícia à revisão do plano terapêutico. A menor demanda externa permite avaliar resultados anteriores, ajustar rotinas e reorganizar o calendário de procedimentos com mais precisão, respeitando os ritmos do corpo e otimizando os resultados.
Mais do que uma questão de conveniência, o inverno representa uma oportunidade real de reconstrução. É a estação do recolhimento e da regeneração, tanto da natureza quanto do corpo. E, na estética, os efeitos desse tempo de pausa são poderosos. O frio silencia a pressa e convida ao planejamento. E quem entende de imagem, saúde e presença sabe: os resultados mais consistentes não são os imediatos, mas os que respeitam o tempo e a inteligência do processo.
Agora é a hora de cuidar. Sem urgência, sem exposição, com foco e estratégia.
* Dra. Juliane Hostert é CEO do Instituto Hostert e cientista do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe. Através da ciência, oferece tratamentos estéticos que combinam saúde e tecnologia para promover rejuvenescimento natural, com foco em resultados estratégicos.