Para quem tem
65 anos de idade, o risco em desenvolver
Alzheimer é de
2% ao ano, mas os estudiosos da
Escola de Saúde da Universidade de Harvard querem fazer com que as pessoas olhem para o número contrário. A chance de
não desenvolver a doença, para a maior parte das famílias, é de
98% – o que é um número alto e positivo.
Entre as famílias que tenham algum parente que desenvolveu a doença, o risco muda. A chance de que a doença apareça novamente sobe para 30%, mas ainda assim o Alzheimer está condicionado principalmente à idade.
Quem estiver na casa dos 70 anos tem um risco de 5% de ser diagnosticado com a doença, e isso é mais que o dobro do que entre as pessoas com 65 anos. Mesmo com o aumento do risco em 30%, as chances reais de famílias que tenham algum parente com a doença – de acordo com a publicação da escola de medicina de Harvard, é de apenas 6,5%.
Não faça o teste genético
Outro alerta da Universidade de Harvard é com relação ao teste genético para identificar o gene que predispõe ao Alzheimer. De acordo com Gad Marshall, professor assistente de Neurologia da Escola de Medicina de Harvard, os testes apenas vão indicar uma possível predisposição, que nem sempre se concretiza, e portanto não precisam ser feitos.
“[O teste genético] não será útil, porque ele não poderá dizer se você vai ou não desenvolver a doença. Só vai mostrar se você tem um risco maior ou menor“, explica o neurologista em comunicado da instituição.
Gene do Alzheimer
Está comprovado que o gene APOE4 está geralmente associado ao maior risco de demência. Se você herdou uma cópia desse gene, o seu risco em desenvolver a doença triplica. Se você tiver duas cópias do gene, o risco é de 10 a 15 vezes maior, embora esta seja uma condição rara.
No entanto, mesmo que você tenha o gene – e o risco – não há indicação nenhuma de que você vá desenvolver o Alzheimer. “Nem a ausência do APOE4 indica uma proteção: cerca de 35% das pessoas com Alzheimer não apresentam o gene de risco“, diz o comunicado.