Saúde e Bem-Estar

Amamentação cruzada apresenta riscos para os bebês

Adriano Justino
24/02/2016 16:19
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Amamentar o bebê de outra mulher, como fez a apresentadora Daniela Albuquerque, é, em geral, um ato motivado pela ideia de ajudar. Contudo, a amamentação cruzada, como é conhecida a prática, é contraindicada pela Organização Mundial da Saúde e pelo Ministério da Saúde, devido aos riscos à criança. “O aleitamento cruzado é proibido pelo Ministério da Saúde [pela portaria 1.016/1993], porque a mãe que está amamentando pode ter alguma doença que não está manifestada”, explica a pediatra do Hospital Nossa Senhora das Graças Marcilene Teixeira Lima.
A principal preocupação, nesse caso, é a transmissão do vírus HIV. Segundo Marcilene, apesar de haver um acompanhamento especial para mães HIV positivas, é possível que algumas estejam em uma janela imunológica e ainda não saibam que têm a doença. Além disso, há o risco de transmissão das hepatites B e C, também doenças crônicas, do Citomegalovírus, da mononucleose, entre outros vírus.
A pediatra explica também que, apesar de ainda não se ter certeza que o zika pode ser transmitido dessa forma, existe esta possibilidade, já que ele está presente em diversos fluídos corporais, inclusive no leite materno.
Solução
Mulheres com dificuldades para amamentarem seus bebês devem procurar ajuda médica. Caso a mãe não tenha leite em quantidade suficiente, é possível tentar aumentar a produção com medicamentos ou mudança na dieta. Caso não seja possível aumentar a produção de leite, há a opção de recorrer aos bancos de leite (em Curitiba há dois, o do Hospital de Clínicas e o do Hospital Evangélico), que coletam e tratam o leite, eliminando o risco de transmissão de doenças.
Além disso, as mães podem usar fórmulas de leite. “Na indústria tem várias opções e a mãe será orientada pelo pediatra [para fazer a melhor escolha]”, diz Marcilene.

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