Após horas em trabalho de parto, ou se recuperando de uma cesárea, o que a nova mamãe mais precisa é de descanso, não de visitantes. Há quem defenda, inclusive, que as visitas deveriam ser proibidas, pois elas impactam também quem convalesce em outras alas do hospital.
Visitar a mãe no dia do nascimento é um péssimo hábito, de acordo com Alberto d’Auria, ginecologista e obstetra do hospital e maternidade Santa Joana. “Ela está sob o estresse do procedimento, descarregou muita adrenalina. O melhor seria fazê-la após o segundo dia. Cabe ao pai ou quem estiver de companhia gerenciar quem entra e sai do quarto, e manter o silêncio. Afinal, na maternidade não é só festa. Há mulheres cujos bebês estão na UTI, outras que ainda estão em processo de parto ou até quem perdeu o filho”, explica d’Auria.
Quatro a seis pessoas no quarto, por vez, é mais que suficiente, explica Viviane Dias, infectologista do controle de infecções do hospital Nossa Senhora das Graças. “Se tem muita gente, vai ser mais barulho, mais movimento e isso não é adequado, especialmente se o bebê estiver no quarto. É importante sempre confirmar com o hospital quantas pessoas são permitidas, mas também com a nova mãe quantas pessoas ela quer lá dentro”, diz Viviane. O tempo de permanência precisa ser curto. Entre 15 a 20 minutos é suficiente para felicitar a família, entregar a lembrancinha e marcar um próximo encontro. Mais que isso pode atrapalhar a recuperação da mãe.
Logística das lembrancinhas
Quer levar um presente ao novo bebê? Tenha dó da família. “Tudo será carregado embora. Um carrinho de supermercado é pouco para desarmar todo o acampamento. Prefira dar roupinhas, fáceis de carregar”, diz d’Auria.
Flores e alimentos: evite. Além de o aroma incomodar quem acabou de passar por uma cirurgia, elas carregam pequenos insetos e aracnídeos incompatíveis em um ambiente hospitalar, e o pólen pode ser causador de alergias.
Quer levar um presente ao novo bebê? Tenha dó da família. “Tudo será carregado embora. Um carrinho de supermercado é pouco para desarmar todo o acampamento. Prefira dar roupinhas, fáceis de carregar”, diz d’Auria.
Flores e alimentos: evite. Além de o aroma incomodar quem acabou de passar por uma cirurgia, elas carregam pequenos insetos e aracnídeos incompatíveis em um ambiente hospitalar, e o pólen pode ser causador de alergias.
Fique longe do bebê
Lembre-se que o novo bebê não está nem acostumado ao ar que respiramos, nem está preparado para combater as infecções sozinho. Portanto, se você estiver com alguma infecção, mesmo que seja uma gripe fraca, mantenha distância.
“Se quiser pegar o bebê no colo, e se a mãe autorizar, lave as mãos com água e sabão e ainda passe álcool. Evite beijar a mão do bebê, e não fique respirando em cima dele também”, diz Viviane Dias, infectologista do hospital e maternidade Nossa Senhora das Graças.
O momento da amamentação também é sagrado, e deve ser respeitado. “Não é recomendado ter muita gente junto, porque a atenção da mãe e do bebê se divide. A hora da amamentação é dos dois sozinhos”, diz Viviane. Pergunte para a mãe qual é o melhor horário para a visita, e se você chegar neste momento, aguarde até que a amamentação termine.
