Saúde e Bem-Estar

Doença periodontal aumenta risco de parto prematuro

Rafael Adamowski, especial para a Gazeta do Povo
05/05/2016 16:00
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A possibilidade de um parto prematuro e de outras ocorrências perinatais é 3,47 maior no caso de gestantes com quadro de doenças periodontais, caracterizadas por infecções na gengiva. A estatística é resultado de um estudo da Coordenadoria de Serviços Sociais da Unicamp publicado no mês de março e coordenado pela periodontista Marianna Vogt. Realizada com 334 gestantes de baixa renda, a pesquisa constatou que 47% delas tinham periodontite de moderada a grave, infecção que acomete a gengiva e outras estruturas que dão sustentação aos dentes.
A conclusão do estudo apontou ainda a existência da relação entre a periodontite e o parto prematuro, baixo peso dos recém-nascidos e rompimento antecipado da bolsa. Além de identificar o maior risco de parto prematuro, o estudo constatou o aumento em 2,93 vezes do risco do nascimento de bebês abaixo do peso. O rompimento da bolsa sem as contratações do útero, denominado amniorrexe prematura, também tem o risco elevado, em 2,48 vezes.
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Estes problemas ocorrem devido à alteração dos hormônios na gravidez, o que faz com que as fibras da gengiva passem por mudanças que facilitam o acesso de bactérias, tendo como consequência os problemas na gengiva. O principal sintoma das doenças periodontais é o sangramento intenso e espontâneo durante a escovação.
A prevenção destas situações envolve o pré-natal odontológico e a manutenção da higiene bucal, em especial na região em que dentes e gengiva se encontram. Estas medidas reduzem de forma significativa ou mesmo evitam a gengivite durante a gravidez.

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