Reduzir a dor e o desgaste durante o nascimento do bebê e ajudar na recuperação após o parto é uma das funcionalidades da fisioterapia obstetrícia. A técnica, que também contribui para o parto normal, pode ter início a partir da 15.ª semana de gestação e permite a realização de exercícios em casa.
Enio Funchal, professor de fisioterapia em obstetrícia na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) destaca dois objetivos principais: o preparo físico para o parto normal e a orientação para a diminuição de dores, inchaços, câimbras, ansiedade e outras situações físicas que surgem durante a gravidez. “Com a fisioterapia ocorre o apoio emocional e técnicas específicas que diminuem a dor e permitem uma dilatação mais rápida para o parto”, explica o professor.
A fisioterapia obstetrícia se estende ainda para o pós-parto e colabora para alívio das dores e facilitação da amamentação. Entre as principais vantagens do método está a possibilidade de da gestante fazer os exercícios diariamente, mesmo fora do ambiente hospitalar. Durante a gravidez os fisioterapeutas recomendam exercícios simples de serem realizados em casa, como elevação de membros superiores e alongamentos.
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Na região de Curitiba o Hospital Maternidade Alto Maracanã (HMAM), em Colombo, oferece o acompanhamento de fisioterapeutas desde o pré-natal. Os exercícios envolvem terapias com o uso de bolas e através de banho (banhoterapia), além de massagens.
As tarefas têm o acompanhamento da coordenadora de enfermagem do HMAM, Sabrina Nogueira Tanaka. Ela destaca que o trabalho conjunto com os fisioterapeutas acontece durante o pré e pós-parto, principalmente com massagens que aliviam as dores lombares.
Em 2015 quase 80% dos partos no hospital foram normais. Entre 2.471 nascimentos, 1.783 foram via parto natural. Neste ano as estatísticas apontam 681 partos normais entre os 902 nascimentos. Deste total, 726 mulheres tiveram o acompanhamento da equipe de fisioterapeutas.
