Saúde e Bem-Estar

Histórias de Mães: avó é mãe em dose dupla

Gazeta do Povo, com colaboração de Daniel Batistella
09/05/2012 12:56
Dizem que mãe só muda de endereço. Mas o Viver Bem sabe: mãe sempre é única, assim como a sensação de segurar um filho nos braços, seja ele “da barriga” ou “do coração”.
Nesta semana que antecede o Dia das Mães, a nossa vontade era ouvir – e contar! – as histórias de todas as mães. Como isso não é possível, elegemos cinco mamães, que contam, diariamente, as alegrias e os desafios da maternidade. São mulheres de carne e osso, que dividem um pouco da sua vida.
Veja a história da mãe de primeira viagem.
Conheça a mãe de uma adolescente.
Nesta terça-feira, quem abre a sua vida é Meire Barboza Ribeiro, que é avó da Melyssa.
Acompanhe esta e as outras histórias aqui no site e aproveite para contar a sua também!
Avó é mãe em dose dupla
Meire Barboza Ribeiro, cabeleireira, avó da Melyssa, de 4 anos de idade.
“A maternidade me trouxe realização, alegria e um sentimento de missão cumprida. Com o passar dos anos vi que este sentimento era pouco perante o que eu ainda iria sentir, quando a minha filha mais velha, a Jackeline (ainda sou mãe da Dandara e do Mihrah), me deu a honra de ser mãe e avó da Melyssa. Agora sim posso afirmar que estou completamente realizada.
Achei que nada poderia ser melhor do que a maternidade. Ah, como me enganei! Quando tive meus filhos, era tanta coisa a realizar que, talvez, no meu pensar, não fui a mãe que gostaria de ter sido. Agora, com mais experiência e com a chegada da Mel (assim que a chamo, pois ela é realmente um doce), tudo é diferente.
Não que eu não tenha mais realizações a serem cumpridas, mas quando olho nos olhinhos dela tudo o que eu tenho que fazer, conquistar ou obter fica tão pequeno… Com alegria eu deixo tudo pra lá e a coloco como prioridade total. E como é delicioso o retorno que ela me dá, a alegria, a paz que ela expressa. Ah, isso não tem preço!
Foi minha filha Jack (que é como eu a chamo) quem deu a luz, mas sinto que quem ganhou este presente fui eu. A vida dela parece uma reprise da minha e é claro que eu entendo o que ela passa, já que a Mel fica comigo por causa dos estudos e do trabalho da mãe, que são realizações que ela tem de cumprir. Aí fica para mim a gostosura de mimar, brincar, passear e curtir a minha neta dessa maneira maravilhosa.
Tenho a consciência de que não devo tirar dela a educação que a minha filha deu, mas isso é quase impossível. Tenho o privilégio de levá-la sempre ao meu trabalho e, mesmo ficando com ela 24 horas por dia, isso parece pouco e muitas vezes a acordo, só para ter certeza de sua existência e minha vida e para ver o seu lindo sorriso. Sei que parece loucura, mas eu a chamo de “amor”. Sei que eu sou a avó e não a mãe, mas como convivemos todos na mesma casa, foi quase inevitável para ela não me chamar de mãe. Por isso eu realmente me sinto mãe dela.
Quando a perguntam pra minha netinha quem é a mãe dela, ela responde de imediato: “eu tenho muita sorte porque tenho duas mães”. Quando ela diz isso, meu coração bate acelerado de tanta alegria. Ela me olha com tanto amor, tanta pureza que me sinto a pessoa mais feliz. Faz quatro anos que a tenho em minha vida e, sinceramente, não consigo me ver sem ela presente. É por isso que posso garantir que ser avó é realmente ser uma mãe “melhorada.”
E você, também é avó ou mãe? Conte para o Viver Bem!