Saúde e Bem-Estar

Pilates na gravidez, pode ou não pode?

Camila Rehbein
09/03/2016 15:58
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A prática de exercícios durante a gravidez ainda tem seus mitos, mas com diversos estudos feitos nessa área atualmente, também está cheio de verdades. Uma delas é que com o acompanhamento adequado feito pelo médico e instrutor, é possível sim continuar ativa nessa fase da vida. De acordo com estudos feitos na área, estima-se que 25% das mulheres grávidas apresentam algum tipo de sintoma musculoesquelético temporário, sendo a principal delas a lombalgia – nome dado para dores na região lombar associadas, em geral, a lesões e inflamações.

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Alguns motivos apontados pelos especialistas para esses sintomas comuns a gravidez são a mudança do centro de gravidade, a rotação anterior da pelve, o aumento da lordose lombar e o aumento da elasticidade ligamentar. Devido a essas alterações corporais, a prática de exercícios se torna fator importante a ser incorporado na rotina. “Em todas as fases da vida a atividade física ocupa um lugar fundamental, seja para manutenção, prevenção da saúde, aumento no desempenho físico e principalmente na reabilitação, os exercícios estão em primeiro lugar para aquelas que buscam uma vida mais saudável”, ressalta a fisioterapeuta e especialista em Pilates e condicionamento físico da Vida Saúde Pilates Studio, Alessandra Schultz.
Conhecido por trazer força corporal, o Pilates é um dos métodos mais indicados atualmente para mulheres grávidas. Um dos benefícios apontados para a prática do método por gestantes é que ele ajuda na tomada de consciência das mudanças que o corpo passa no decorrer dos meses. Mudanças de postura e como trabalha-las para compensar as alterações sofridas pela pélvis, coluna e ombros são alguns dos pontos positivos da prática. “Ela vem de encontro às necessidades das futuras mamães e tem se tornado uma prática de muita relevância no pré e pós-parto”, explica Schultz. As informações vêm de encontro ao estudo publicado pelas médicas Fernanda Lima e Natália Oliveira, Gravidez e Exercício, para o Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Segundo o estudo, exercícios resistidos de intensidade leve ou moderada podem promover melhora na resistência e flexibilidade muscular, auxiliando no combate de doenças durante e após o parto. Segundo Shultz, a prática de Pilates trabalha com o ganho de alongamento, fortalecimento muscular, correção postural, alívio de tensões musculares, melhora a circulação sanguínea, contribui para o equilíbrio cardiorrespiratório e tonificação muscular.

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Com tantos benefícios assim dá vontade de sair agora e se matricular nas aulas, mas no primeiro trimestre é necessário que se tenha alguns cuidados especiais e pesquisar locais que tenham essa preocupação e saibam trabalhar os exercícios com a gestante ao longo da gravidez. “Nesse primeiro momento, é importante trabalhar com execução de exercícios simples, sem carga, não executar contração abdominal excessiva, evitar posições em decúbito ventral, ou seja, de barriga para baixo devido a contração diafragmática que ocorre nessa postura”, exemplifica Shultz. Além disso, nessa fase é de extrema importância a prática de exercícios de consciência corporal.
O método pode ser realizado uma ou duas vezes por semana com duração de uma hora cada aula e não traz riscos à gravidez. Todo o processo de aprendizado nas aulas são de extrema facilidade e feitos de forma gradual. Agora não tem mais motivos para ficar parada, não é mesmo? Fale com seu médico e alinhe com seu instrutor o passo a passo a ser seguido para trazer mais qualidade de vida para você e seu bebê.

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