A orelha é tão pequenina, mas furá-la não tem segredo. Basta encontrar o espaço certo, limpar o lóbulo da criança com álcool 70 e usar o próprio brinco para furá-la. Para os pais que não têm tanta segurança em fazer sozinhos, é recomendado procurar enfermeiros ou farmacêuticos. O medo de infecção faz com que os pais esperem o bebê chegar em casa para furar a orelha.
Se decidir por fazer ainda na maternidade, deixe para o último dia de internamento, diz a pediatra geral do Hospital Pequeno Príncipe, Nêuma Kormann. “Algumas mães acabam fazendo depois, pelo medo de infeccionar a orelha, mas o risco é pequeno, por ser uma área de fácil limpeza, que não é nem abafada nem fica coberta”, diz.
Para evitar qualquer risco de reação alérgica ou mesmo infecção, o material do brinco deve ser de algum metal nobre, como ouro ou prata. “Mesmo depois de feito o furo, os pais devem girar o brinco todos os dias, para não ficar na mesma posição e não grudar com as secreções”, explica a pediatra. O brinco não pode ser retirado da criança antes de 15 a 20 dias, para que cicatrize adequadamente.
Dores e cuidados
Muitas mães deixam para furar a orelha depois, pensando em evitar possíveis traumas. Porém, o pediatra do corpo clínico materno infantil do hospital Albert Einstein, José Gabel, diz que o cuidado com o furo dos primeiros dias fica mais fácil quando o bebê é novo. “Furar a orelha é um método simples, mas é traumático e doloroso, independentemente da idade”, diz o também membro do departamento científico da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Se preferir, os pais podem aplicar uma pomada anestésica 40 minutos antes do procedimento ou optar por uma medida anestésica mais simples: cubo de gelo. “Se a criança for maior, dá para aplicar gelo e esperar a pele atingir uma temperatura menor, e ela não sentirá dor. Mas normalmente não é necessário, visto que a pele é tão fina que furar é algo simples”, diz Nêuma
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