Saúde e Bem-Estar
Do parto ao primeiro ano, as mudanças nas relações entre a mãe e o bebê
Camila Soeiro e Yohann Pratz com a pequena Alice, de 2 anos: o casal se sente melhor preparado para a chegada do novo herdeiro (ela está grávida de 12 semanas). Foto: Rodrigo Sóppa / Gazeta do Povo.
A enfermeira Camila Soeiro, de 26 anos, está vivendo essa avalanche emocional pela segunda vez. Grávida de 12 semanas, ela conta que a ansiedade está maior nesta gestação, em que tudo está sendo muito planejado, diferentemente do que aconteceu com a gravidez de Alice, de 2 anos e oito meses, quando tudo aconteceu de surpresa e muito rápido. “Eu nem tive tempo de ficar nervosa. Foi uma correria para preparar o enxoval, mudar de casa e comprar um carro. Agora estamos muito ansiosos pela chegada do irmãozinho dela e eu fico pensando se conseguirei dar atenção aos dois”, conta.
Mas esse não é o caso de todas as mulheres. Problemas de sexualidade e o uso de alguns medicamentos são fatores importantes a serem levados em consideração na avaliação da gravidez. “Normalmente a mulher diz que está com dificuldades e vai demonstrando certo sofrimento. É preciso contar com médicos preparados para uma escuta atenta, que irá proporcionar mais segurança para a futura mamãe”, indica Mariane Corbetta, médica obstetra do Hospital e Maternidade Santa Brígida.
- Sete dias após o parto
Esta é a fase de maior mudança hormonal no corpo da mulher. Além disso, o sentimento de insegurança é muito comum, pois os bebês são muito frágeis e um novo universo precisa ser descoberto. É importante o acompanhamento e a ajuda de pessoas da família que já tenham alguma experiência com crianças.- Sete dias após o parto
- Até 45 dias
As mudanças físicas, hormonais e psicoquímicas continuam em um ritmo frenético. Muitas vezes a mulher pode ter dificuldades na lactação e na amamentação, o que a deixa muito sensível e passa a se cobrar muito. É importante orientação para que essa fase, das mais importantes para o bebê, seja tranquila.- Até 45 dias
- Até o terceiro mês
São os momentos de descobertas e, após esse período, o bebê deixa de ser um completo mistério. É quando a relação fica mais tranquila e o ambiente ganha em amorosidade e cumplicidade. Normalmente mãe e bebê estão adaptados à nova relação e o sono e a rotina começam a se normalizar.- Até o terceiro mês
- Até o sexto mês
É a fase em que a mãe precisa começar a praticar o desapego. Muitas vezes, ela terá que voltar a trabalhar e é um momento difícil, pois o bebê ainda é dependente dela. É importante estabelecer uma rotina para que os dois aprendam a se adaptar à nova fase, contando com o apoio dos familiares.- Até o sexto mês
- Primeiro ano
A independência e o desapego estão mais amadurecidos na relação entre a mãe e o bebê, mas o vínculo emocional se torna mais forte. A rotina de exercícios e cuidados pessoais volta ao normal e a maternidade entra na sua melhor fase, é hora de relaxar e aproveitar ainda mais.- Primeiro ano