Produtos que contêm a substância
Bisfenol A (BPA), como garrafas plásticas, podem prejudicar a
fertilidade de mulheres que estejam passando por
tratamentos para engravidar, e a
soja poderia ser a grande defensora delas. De acordo com o estudo da
Escola de Saúde Pública de Harvard, publicado no fim de janeiro pelo
Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, o consumo de
soja pode reduzir a
interferência da
BPA nas taxas de sucesso dos tratamentos de fertilidade.
Cerca de 96% dos norte-americanos, segundo o Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC, em inglês), teriam BPA absorvido pelo organismo. A substância imita a função do hormônio sexual estrogênio, que tem um importante papel na reprodução humana. Com essa interferência, as chances de sucesso na implantação do embrião no útero, bem como as chances de avanço na gestação e mesmo de bebês que nascem bem, são menores.
No estudo, foram analisados a taxa de exposição ao BPA, dieta e taxas de sucesso da fertilidade entre 239 mulheres, que passaram por tratamentos de fertilização in vitro, no Centro de Fertilidade do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, entre 2007 e 2012.
Entre as mulheres que não comiam soja, a interferência do BPA no sucesso da gestação era maior, conclusão que os pesquisadores chegaram quando visualizavam os altos níveis de BPA na urina das participantes. Nas mulheres que consumiam soja regularmente, o BPA não teve nenhum impacto nos resultados da fertilização in vitro.
Onde encontrar soja?
Incluir alimentos com soja em pelo menos uma refeição a cada dois ou três dias pode ser suficiente para os resultados positivos na fertilidade, de acordo com Jorge Chavarro, professor associado de nutrição e epidemiologia da Escola de Harvard, e o principal autor da pesquisa. Como sugestões, procure pela soja no: tofu, hambúrgueres veganos feitos a partir de soja e tempeh, alimento fermentado com fungo a partir de sementes de soja branca da Indonésia.