Na moda, a gente se acostuma a ouvir tantos termos em inglês, francês, italiano… que às vezes usa no automático, sem parar pra pensar no real significado das palavras. E tudo bem — faz parte do vocabulário de quem ama estilo. Mas de vez em quando, uma dúvida surge e merece ser explicada com calma.
E foi o que aconteceu quando uma seguidora me perguntou: “Fabbi, qual é a diferença entre vintage e retrô? Não é tudo a mesma coisa?”
Spoiler: não é.
O vintage é, por definição, a peça original da época. Ela foi feita há pelo menos 20 anos, pertence a uma década específica, e chegou até nós com história e autenticidade. Não é releitura, não é cópia. É passado puro. É o vestido da sua mãe dos anos 80, o casaco da sua avó dos anos 60, aquele jeans perfeito dos anos 90 que você guardou com tanto carinho. Peças vintage carregam memória, têm alma — e quanto mais bem cuidadas, mais valiosas se tornam.
Já o retrô é o oposto em termos de tempo, mas parecido em espírito. É uma peça atual, produzida agora, mas com carinha de antigamente. Ela se inspira no design, nas modelagens e nas estampas de décadas passadas — mas foi feita com tecnologia e materiais de hoje. Um vestido novo com estética dos anos 50? Retrô. Um óculos lançamento com ares setentistas? Os jeans inspirados nos anos 90? Retrô também. É o novo com perfume de nostalgia.
Em resumo:
Vintage é antigo de verdade.
Retrô é novo com cara de antigo.
Os dois têm seu charme. Um conta uma história vivida. Já o outro homenageia uma era. E a moda, que adora brincar com o tempo, sabe acolher os dois com estilo.
Agora me conta: no seu guarda-roupa, tem mais peças vintage ou retrô?
Fabbi Cunha para a coluna Moda e Beleza.