Empoderamento feminino

560 mil Alices: fundadora de comunidade lança livro sobre empreendedorismo feminino

Equipe Pinó
16/08/2022 14:37
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Mônica Berlitz lança livro sobre a trajetória do Clube da Alice e fala sobre empreendedorismo feminino. | Divulgação

O ano era 2014 e ainda pouco se falava na importância das comunidades para o crescimento ou visibilidade de negócios. E foi neste cenário que a empresária e fotógrafa curitibana Mônica Balestieri Berlitz viu a oportunidade de criar o Clube da Alice.
Ela tinha uma revista digital chamada "Palpite de Alice", que trazia vantagens e descontos para as leitoras, mas percebeu um movimento nos grupos de mulheres no Facebook onde divulgava a publicação. Resolveu, então, criar o próprio grupo para ter um espaço em que mulheres pudessem indicar seus serviços oferecendo descontos para as participantes. No primeiro fim de semana, o grupo já tinha duas mil participantes.
A trajetória que se seguiu está relatada no livro O Jeito Alice de Empreender (240 páginas, R$ 44,90), que será lançado na próxima quinta-feira (18), em Curitiba, em dois momentos. No período da manhã, a autora participará de uma live mediada por Andrea Sorgenfrei, head a Pinó, da Gazeta do Povo. O evento terá participação de algumas 'Alices' convidadas e será transmitido nas redes sociais do Clube e do Shopping Mueller a partir das 10h30.
O segundo momento acontecerá a partir das 16 horas, no Espaço de Eventos do Shopping Mueller (Avenida Cândido de Abreu, 127 - Centro Cívido), com sessão de autógrafos aberta ao público. O lançamento é organizado pela editora Ideal Books e Livrarias Curitiba. O livro está à venda nas principais livrarias e lojas virtuais.

Livro

A força feminina é a principal inspiração para O Jeito Alice de Empreender. O livro abre os bastidores da criação da comunidade, apresenta a trajetória profissional da fundadora e reúne histórias de mulheres - empreendedoras ou não - que se beneficiaram com as trocas entre participantes.
“O Clube da Alice é muito mais que empreendedorismo feminino, é sobre a força que as mulheres descobrem quando dão as mãos”, comenta Mônica, que hoje é uma referência quando o assunto é mobilização de comunidades nas redes sociais e como elas impactam o empreendedorismo e os negócios.
Oito anos depois, o grupo conta com mais de 560 mil integrantes e foi o único escolhido da América Latina para participar do estudo “Poder das Comunidades Virtuais”, uma realidade com mais de 70 milhões de líderes, feito pelo laboratório de governança da Universidade de Nova Iorque.
Atualmente, a rede de economia colaborativa funciona para além de um canal gratuito para publicações de produtos e serviços, há um incentivo para o debate de assuntos relacionados ao universo feminino, além da promoção de feiras de empreendedorismo e eventos de promoção de saúde, como corridas de rua.
Mônica aponta que o Clube é um ambiente saudável, seguro e de pertencimento, que respeita as diferenças. Aliás, pertencimento é a palavra que mais aparece quando as “Alices” expressam seus sentimentos ao falar da importância da comunidade em suas vidas.
“Penso que uma comunidade como o Clube da Alice promove o resgate de muito do que a sociedade contemporânea perde com a distância e o ritmo de vida nas grandes cidades”, comenta Flavia Goulart, Diretora de Parcerias com Comunidades da Meta para a América Latina. “Mônica abriu várias portas para construir essa comunidade que, por sua vez, tem aberto portas e ofertado chaves a tantas 'Alices' que empreendem e que têm gerado transformações não só em suas vidas,  mas na vida de tantas pessoas no Brasil, e servido de inspiração para o mundo”, completa.
O título da obra e da rede remetem à personagem icônica de Lewis Carroll durante suas aventuras pelo País das Maravilhas, já que assim como Alice, Mônica sempre teve a curiosidade como um de seus maiores motivadores.
“Eu adoro acompanhar o crescimento de Alices, mas, sem dúvidas, a maior recompensa de liderar uma comunidade como o Clube da Alice é poder realizar sonhos”.

Parceria

Um dos capítulos aborda a parceria do Clube da Alice com a Gazeta do Povo, abordando como as marcas têm intersecção no propósito. "Tanto a Gazeta quanto o Clube da Alice acreditam no desenvolvimento do protagonismo das pessoas. Então, desde o início abriu-se espaço para dar voz a essa comunidade", comenta Andrea Sorgenfrei.
Mônica manteve um blog no veículo resgatando o nome de sua revista digital. No espaço "Palpite de Alice", ela escrevia sobre comportamento, saúde e outros temas do universo feminino. Atualmente, Mônica é colunista da revista Pinó, onde fala sobre comunidades e a importância dessas mobilizações nos modelos de negócios e relações em redes sociais.