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Pinó indica: personalidades de Curitiba sugerem produtos culturais

Equipe Pinó
10/10/2022 17:21
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Dicas de livros, filmes, podcasts e outros produtos culturais chancelados por personalidades da cidade.

Dulcineia Novaes

Jornalista e repórter da RPC.
Indicação: livro “Mulher, raça e classe”, de Angela Davis.
“Recomendadíssimo! Instigante, atual,o livro traz as inquietações da ativista negra norte-americana, Angela Yonne Davis, que nos anos 70 pautou o debate racial nos Estados Unidos. Leva-nos a uma profunda reflexão sobre a forma como a mulher negra vem sendo tratada, desde os tempos da escravidão, passando pelo movimento antiescravagista, a origem dos direitos da mulheres, sua emancipação, mulheres trabalhadoras, e a luta contra o racismo. Temas muito em pauta nos dias atuais.”

Adriana Karam

Reitora do UniOpet, Centro Universitário.
Indicação: álbum “The Royal Philharmonic Orchestra Plays Pink Floyd”
“O álbum The Royal Philharmonic Orchestra Plays Pink Floyd é uma viagem de 51 minutos por clássicos da banda britânica que ganhou o mundo, lotou estádios e marcou a minha e outras gerações. O rock progressivo e psicodélico foi temperado pelo grupo com cenas que nunca esqueceremos — como o grande porco inflável que pairava sobre as platéias —, com efeitos sonoros inovadores que muita gente dizia serem alucinógenos, letras e melodias únicas. Pink Floyd perseguiu a tecnologia em várias frentes e representou como ninguém mais a cena underground. Mas na versão orquestrada de nove faixas de sucesso — como Another Brick In The Wall, Wish You Were Here e Shine On You Crazy Diamonds — a filarmônica fundada em Londres nos anos 30 mergulha nas canções despidas de efeitos e revela o que a gente sempre soube: Pink Floyd é uma das maiores bandas de rock de todos os tempos.”

Christie Silva Schulka

Executiva e head de marketing da Roca Brasil Cerámica.
Indicação: livro “Isso nunca vai funcionar”, de Marc Randolph.
“Marc Randolph conta de forma bem humorada e leve o nascimento da Netflix, sua ideia inicial e sua transformação. O que me apaixona nas ´biografias de negócios´ é que as ideias são somente um insight. Se não forem exaustivamente trabalhadas e aperfeiçoadas, ficarão sendo somente inspirações momentâneas. Outro ponto neste tipo de literatura é a motivação intrínseca e a determinação que os líderes que contam suas histórias entregam a cada página narrando seus desafios. Não existe fórmula mágica, e sim, trabalho feito a muitas mãos, com times de especialistas inspirados e que trabalham com brilho nos olhos em busca de um objetivo maior: realizar o novo. A obra retrata algumas premissas que acredito profundamente: determinação; construção de um time diverso; criatividade e coragem; e segurança psicológica. O livro é divertido e garante boas risadas, mostrando que os desafios podem ser difíceis mas nunca monótonos. Boa leitura.”

Diego Godoy

Headhunter na MUUDA.work.
Indicação: documentário “Diários de Andy Warhol”, disponível na Netflix.
“São seis episódios que contam a história do maior e mais influente artista do século 20. Andy criou a arte como a conhecemos e a consumimos hoje. Criou o conceito de celebridade, falava de influenciadores e fama instantânea (os famosos 15 minutos de fama são uma fala dele). Até a ideia da MTV parece ter vindo dele, que negava qualquer relação com o canal. Em certo momento, Andy Warhol conta que, numa festa na casa de John Lennon, algum nerd tentava mostrar sua nova criação ao filho de Lennon. Era ninguém menos que Steve Jobs. Tudo isso e muito mais ambientado nas ruas de Nova Yor e narrado pelos próprios personagens com base nos diários que Warhol ditava por telefone para a escritora e amiga, Pat Hackett. O mais incrível dessa série para mim foi escutar as histórias desses diários narradas pela voz do próprio Andy Warhol recriada por uma tecnologia de inteligência artificial que reproduziu sua voz perfeitamente. Vale cada minuto para quem gosta de história, arte, negócios e, principalmente, de NY.”