7 de abril
Todos nós desejamos uma vida saudável, afinal, para se viver bem é necessário ter saúde. A melhor forma para ter qualidade de vida é por meio da boa alimentação aliada à atividade física. E é aí que entra o esporte: uma forma de aliar lazer e exercício físico em uma só ação.
A corrida é uma das atividades físicas mais amada pelos brasileiros, ficando atrás apenas do futebol. São 9,5 milhões de praticantes de corrida, segundo o último levantamento de Práticas de Esporte e Atividades Físicas do IBGE.
Dentre as quase 10 milhões de pessoas, está Gilberto Carlos Bittencourt Junior, que teve a corrida como parte da superação de dois momentos em sua vida. “Eu pesava 130 quilos e fiz uma bariátrica. Depois da cirurgia, eu decidi que precisava ter qualidade de vida. Foi aí que comecei a correr e entrei para a assessoria esportiva”, explica.
Porém, os desafios de Gilberto não acabaram por aí. Em 2021, no mesmo dia do seu aniversário e de ter treinado corrida pela manhã, ele descobriu que estava com COVID e, alguns dias depois, foi internado com 70% de comprometimento pulmonar. “Quando eu estava no Hospital do Rocio, prestes a ser entubado, eu falei para o médico que se eu ainda tivesse a oportunidade de correr novamente eu iria correr do Hospital até minha casa em São José dos Pinhais”, conta. Segundo Gilberto, ele sabia que era longe, mas não imaginava que seriam 52 km. “Durante o período que eu estava no hospital, eu pedi para minha filha me trazer somente roupas de corrida, porque queria me sentir forte”.
Após 8 dias internado, Gilberto apresentou melhoras e teve alta hospitalar. Porém, ainda precisou ficar por mais de 60 dias sem atividades físicas e fazer inúmeros exames respiratórios e cardíacos até ser liberado para voltar a correr, quatro meses depois. “De dezembro em diante eu e meu professor fomos traçando metas e treinos, para em maio podermos cumprir a promessa. E quando chegou o grande dia, mesmo sendo 52 km, em nenhum metro do percurso eu corri sozinho. Sempre tinham várias pessoas que me acompanhavam e me davam força. Um verdadeiro batalhão de pessoas, correndo e apoiando. Pessoas que a tempos já não corriam ou nunca correram percorreram um pedaço do caminho comigo. Foi emocionante”, finaliza.
Já no caso do empresário Hélio Oliveira, foi depois de receber a notícia que um colega de 24 anos havia sofrido um infarto que decidiu começar a cuidar da saúde. “Comecei, junto a outros amigos, a fazer caminhadas por conta. Íamos pela canaleta, e depois começamos a ir para o Parque Barigui”, conta Hélio.
Durante esses trajetos, o empresário descobriu grupos de caminhadas. “Foi aí que eu realmente comecei a correr. Depois que peguei gosto pela corrida, tudo virou motivação. Seja por um desafio pessoal, uma superação ou treinar para atingir determinado tempo ou distância. Além, claro, do prazer de praticar uma atividade física. Neste ano, depois de quase 100 corridas e muitas medalhas (risos), vai completar 10 anos que comecei”.
Se essas histórias te motivaram, saiba que em Curitiba não faltam lugares para você começar. Com 30 parques, 15 bosques e mais de 200 km de ciclovias, você não terá dificuldades para encontrar locais para praticar corrida ou caminhada. Mas a questão é: qual parque é o melhor para começar?
“Para os iniciantes, os parques preferidos para treinamento são o Barigui e o Náutico, que são locais mais planos, e o parque São Lourenço. Também há as ciclovias, a da Marechal Floriano Peixoto e a que passa no Centro Cívico e segue até o São Lourenço são as melhores, também por serem mais planas”, explica o profissional de Educação Física e Sócio da V8 Assessoria Esportiva, Murilo Ugolini Klein.
Trabalhando treinando pessoas para corridas desde 2008, Murilo explica que é importante ter acompanhamento médico e de um profissional de educação física para que o corpo seja treinado da maneira correta, sem danos à saúde. “Os treinos são prescritos para as pessoas que nos contratam conforme os objetivos e a individualidade de cada um. O nosso foco está em ajudá-las nesse processo, para que elas consigam o que buscam. Seja aumentar sua velocidade, sua distância, buscar mais qualidade de vida ou se desafiar”, explica.
“Eu amo correr, é um momento de conexão comigo mesma, superação e foco”, explica a corretora de imóveis, Patrícia Schmidt, que começou caminhando nos parques, buscando saúde e qualidade de vida, e hoje assessorada por Murilo – assim como Gilberto e Hélio – já participou de mais de 30 corridas. Segundo ela, o ideal é começar aos poucos, para ir adaptando, pois no final, valerá a pena a gratidão que sentirá a cada corrida.
Segundo Murilo, se você quer começar, a principal dica é: acredite e continue! “Acredite no sentido de que você vai conseguir e que a corrida pode ser, sim, um esporte para você. E continue, porque as dores vão aparecer, vai ser difícil, nem todo dia vai ser legal. Durante o treino terá dificuldades, mas vai sempre valer a pena pelo resultado que você vai ver depois, as amizades que vai fazer durante o processo e os benefícios que terá na saúde”, finaliza.
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