Com 456 casos confirmados neste ano até agora, o Paraná é o segundo estado com maior número de casos de coqueluche chamada também de tosse comprida ou tosse dos 100 dias no país, que vem verificando um aumento substancial nos casos nos últimos cinco anos. Das 73 mortes este ano, 72 foram de crianças e majoritariamente com menos de um ano de idade.
A explicação sobre este aumento pode ser a perda do poder de proteção da vacina tomada quando criança, o que transformaria os adultos em transmissores assintomáticos da doença, com o risco maior de infectar crianças que não concluíram o esquema vacinal. Isso abre a discussão sobre a necessidade de um reforço vacinal a cada dez anos, o que já ocorre com a vacina antitétano e antidifteria. Confira informações da médica infectologista Rosana Ritchmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e da Sociedade Brasileira de Infectologia e Heloisa Ihle Garcia Giamberardino, pediatra responsável Técnica Centro de Vacinas Pequeno Príncipe e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações Regional Paraná:
O que é
A coqueluche é uma doença infecciosa aguda transmitida de pessoa a pessoa, que acomete o aparelho respiratório superior, causada pela bactéria Bordetella pertussis. Ela acomete principalmente crianças menores de um ano, sendo os lactentes mais propensos a apresentar formas graves, que pode evoluir para pneumonia, insuficiência respiratória aguda e morte.
Sintomas
Quando todos os motivos para a tosse foram descartados (tuberculose, pneumonia atípica) e a tosse seca ultrapassa três semanas, evolui para alta intensidade, com coriza e falta de ar. Podem ocorrer vômitos e até broncoaspirações, e duram de 6 a 10 semanas. As principais complicações são as pneumonias por broncoaspiração e hemorragias intracranianas pela tosse.
Aumento nos casos
O aumento nos casos deve-se, em grande parte, à perda da proteção da vacina de coqueluche no decorrer dos anos. Sem o reforço, essas pessoas podem infectar outras, pois que a coqueluche é uma doença respiratória altamente contagiosa. Dessa forma, o adulto deve procurar o seu médico e verificar sua carteira vacinal de rotina. Todas as faixas etárias possuem recomendações específicas.
Somente na rede privada
A vacina para adultos não está disponível na rede pública, é preciso que a pessoa procure clínicas da rede particular para tomar o reforço vacinal contra a coqueluche.
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