Imunidade

Risco latente

Amanda Milléo
30/03/2014 03:15
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Elas estão à espreita, esperando apenas uma brecha do sistema imunológico. Quando percebem que o corpo não está com todas as proteções em alerta, bactérias, vírus, fungos e protozoários tomam seus lugares no hospedeiro. No caso, você. As doenças latentes podem se manifestar no momento da infecção, ou anos depois, quando o corpo sofre queda no sistema imunológico, causada pelo uso de medicamentos imunossupressores, estresse e outras doenças. Confira as principais doenças latentes e como evitar que elas se manifestem:
Quais são: herpes, ­­herpes-zóster, tuberculose, hanseníase, vírus do Epstein-Barr (que gera a mononucleose infecciosa), hepatites B e C, toxoplasmose e HIV estão entre as infecções latentes mais comuns. Não há uma exclusividade nos agentes infecciosos, que podem ser fungos, vírus, bactérias ou até mesmo protozoários.
Quando ela virá: Não é possível adivinhar quando, ou se haverá uma manifestação da doença, mas alguns fatores de risco indicam cuidados extras. Pessoas com câncer, diabetes e outras infecções devem estar alertas, bem como quem passou por tratamentos de quimioterapia e radioterapia. Apesar de a suscetibilidade genética existir, a influência do sistema imunológico é muito maior para o surgimento das doenças latentes.
Estresse: Mais comum no caso do herpes, o estresse influencia no desencadeamento da doença, provando que nem sempre o sistema imunológico precisa estar bastante debilitado. Em mulheres que sofrem com a TPM, o surgimento do herpes é comum no período menstrual.
Sintomas: Algumas doenças podem se manifestar sempre da mesma forma, como é o caso do herpes labial, bastante comum. A varicela, por outro lado, encontra novas formas de aparecer. A infecção primária é a varicela, enquanto a secundária se transforma em herpes-zóster, conhecido também como "cobreiro". A idade influencia no aparecimento. Enquanto a tuberculose, em crianças, manifesta-se logo após a infecção, nos adultos poderá demorar anos e se manifestar em órgãos diferentes, como rins e ossos.
Como se proteger: Ter um sistema imunológico ativo é a chave da proteção. Manter uma vida regrada, com bons hábitos, medicina preventiva e as vacinas em dia são os cuidados principais.
Fontes: Eni Alcantara Picchioni, professora de imunologia médica do curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná; Antonio Condino Neto, professor titular do Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo; Maurizio de Martino, pediatra professor da Universidade de Florença e diretor do departamento do Hospital Universitário de medicina pediátrica Anna Meyer; Cristina de Oliveira Rodrigues, professora titular de infectologia pediátrica do Hospital das Clínicas.