A dor nas costas ascendeu à principal causa de afastamento do trabalho no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde. A condição supera doenças respiratórias e transtornos mentais, impactando significativamente a vida profissional de inúmeros brasileiros. Em escala global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta a dor nas costas como a principal causa de incapacidade, afetando cerca de 619 milhões de pessoas, com projeção de aumento para 843 milhões até 2050.
Dados do INSS, inclusive, revelam que as dores nas costas representam mais de 25% dos afastamentos por incapacidade temporária no país, com mais de 300 mil licenças concedidas por lombalgia em 2023. Estima-se que 8 em cada 10 pessoas terão algum episódio de dor nas costas ao longo da vida.
O neurocirurgião Dr. Denildo Veríssimo (CRM-PR 25183 | RQE 2722), especialista em cirurgia da coluna e técnicas minimamente invasivas, esclarece que a maioria das dores nas costas decorre de fatores mecânicos, como sobrecarga e má postura. Contudo, a presença de alterações neurológicas, como dormência e perda de força, pode indicar compressão nervosa por hérnia de disco, demandando investigação e tratamento específico.
O especialista destaca os avanços da cirurgia minimamente invasiva, que permite procedimentos com incisões reduzidas, menor trauma tecidual, menor risco de infecção e recuperação pós-operatória mais rápida. Dr. Denildo aponta sinais de alerta para avaliação cirúrgica: dor persistente por mais de seis semanas sem melhora com tratamento clínico, irradiação da dor para membros, perda de força muscular, dificuldade de mobilidade e perda de controle de esfíncteres (em casos graves).
“O receio de sequelas pós-cirúrgicas é um mito. Quando bem indicada, a cirurgia não só alivia a dor, mas restaura a qualidade de vida”, afirma o Dr. Denildo. Ele enfatiza a importância de uma abordagem individualizada, que considere o contexto e as expectativas do paciente, aliando a expertise cirúrgica à escuta atenta.
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