Hidratação dos pets
Seu pet está bebendo a quantidade correta de água? Confira dicas e orientações de especialistas
Manter os pets hidratados durante todo o ano é essencial para garantir a saúde e bem-estar. Assim como os humanos, eles precisam de regularidade na ingestão de água para manter suas funções corporais em equilíbrio.
A quantidade ideal varia entre cães e gatos devido às diferenças no funcionamento renal. Segundo a médica veterinária e parceira da Mascote Fit, Patricia Mosko, os cães precisam de cerca de 30 a 50 ml por quilo de peso, e os gatos, de 20 a 50 ml por quilo de peso.
"Vale lembrar que animais que consomem dietas úmidas [como patês e sachês ou alimentação natural] terão uma ingestão espontânea de água menor, pois os alimentos já contém uma quantidade de água", explica a médica.
Além da alimentação, a idade também influencia. "Filhotes possuem aproximadamente 80% de água no corpo, enquanto adultos têm cerca de 60% e idosos, 55%. Portanto, a atenção à hidratação de animais filhotes e idosos deve ser maior. Os pequenos têm mais água no corpo e, quando falta, o metabolismo se ressente rapidamente. Já nos idosos, em que o corpo já trabalha com pouca água, qualquer falta pode ser bastante significativa", destaca Patricia.
A quantidade a ser ingerida também pode mudar conforme as estações do ano. "Assim como nos humanos, é esperado que os pets bebam mais água em épocas mais quentes. No inverno, é comum os animais sentirem menor atração pela água, pois o gasto por transpiração reduz", explica Patricia.
Ela ainda destaca que, durante o verão, é importante manter os potes de água na sombra, oferecer água fresca e até mesmo adicionar cubos de gelo nos potes para estimular a hidratação.
Outro fator que pode influenciar é a atividade física do animal. "Os pets que fazem mais atividade física tendem a consumir mais água. Entretanto, caso seu pet esteja tomando muito mais água que a média e urinando excessivamente, isso pode ser um sinal de alteração e ele deve ser levado ao veterinário para avaliação", alerta Danilo Lima, médico veterinário e sócio fundador da Clínica Veterinária Amparo Pet.
Como garantir que o pet tome a quantidade adequada de água?
Segundo os especialistas, é importante adotar algumas estratégias. A primeira delas é espalhar diversas vasilhas e fontes de água pela casa, especialmente em locais onde o pet transita.
"Potes de inox são ótimos, pois mantêm a água fresca por mais tempo e são fáceis de higienizar. Frutas e sucos como melão, melancia, kiwi e maçã podem estimular a ingestão de água, sendo que a quantidade sugerida é de 20 gramas de fruta por quilo de peso do pet", explica Patricia.
Para cães que vivem fora de casa, os potes de água e comida devem ser elevados para evitar contaminação por ratos, prevenindo a leptospirose.
Já os gatos precisam de potes de água largos o suficiente para que não toquem as bordas com os bigodes, conhecidos como vibrissas, que são muito sensíveis e podem causar desconforto. Além disso, como gatos gostam de caçar, colocar os potes em locais mais altos ou escondidos pode tornar o ato de beber água mais atraente. "Para eles, uma boa alternativa são as fontes que simulam água corrente – desde que sejam constantemente higienizadas. Além disso, umedecer a ração com uma pequena quantidade de água e oferecer sachê uma vez ao dia, são excelentes opções", recomenda Danilo.
Outro ponto crucial é a higiene das vasilhas de água.
"Muitas pessoas esquecem de lavar os recipientes, o que pode influenciar muito na quantidade de água ingerida por eles. Além disso, deve-se lavar as vasilhas e fontes todos os dias para não acumular micro-organismos", alerta Danilo.
Como saber se o pet está desidratado?
Sinais de desidratação incluem focinho seco, olhos sem brilho, gengivas secas, elasticidade reduzida da pele, urina em pequena quantidade e muito escura, e fezes ressecadas.
"Caso o tutor ache que o pet não está bebendo a quantidade adequada, o tutor deve primeiro observar se o manejo está adequado: número e higiene dos potes de água. Se estiverem limpos e em alta quantidade, vale oferecer dietas úmidas ou frutas. Se o animal continuar com sintomas, é essencial levar a um especialista", finaliza Patricia.
