Televisão

Discovery estreia programa sobre lugares com o “fantasma” da morte

Estadão Conteúdo
13/05/2016 22:00
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Efeito colateral do tsunami de 2011 no Japão: ainda há toneladas de entulho no nordeste do país asiático que precisam de um destino. Foto: divulgação.

A televisão, para muitos, é uma espécie de “reino da fantasia”, onde a ilusão impera. Mas esta, definitivamente, não é a visão do Discovery Channel. Disposto a ter a vida real como protagonista de sua programação, o canal por assinatura estreia na próxima quarta-feira (18), às 23h10, uma nova série que se propõe a mostrar lugares em que as pessoas convivem constantemente com o “fantasma” da morte. Os Lugares Mais Perigosos Para Se Viver reúne 72 regiões que, seja pela ameaça constante de desastres naturais ou em decorrência da ação destrutiva do homem, expõem seus moradores a perigos que podem ser fatais.
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Serão seis episódios, cada um com uma hora de duração. Eles reúnem registros impactantes de comunidades submetidas a, por exemplo, enchentes devastadoras. Ou situadas em zonas de erupções vulcânicas, de avalanches, na rota de furações ou onde a contaminação do solo e da água determina mazelas sociais. Entre os personagens, especialistas e até os moradores explicam os riscos, a história, algumas soluções já criadas para minimizar problemas e por que ainda há gente vivendo em condições tão críticas.
Na estreia, o público confere o caso de Centralia, na Pensilvânia, nos Estados Unidos. Lá, seis pessoas vivem sozinhas, sobre 160 hectares de carvão subterrâneo incandescente. Ali, na verdade, houve uma cidade próspera. Mas um incêndio em uma mina, iniciado em 1962, transformou o espaço em um local abandonado, onde os residentes tentam seguir a rotina depois de conseguirem, na justiça, o direito de permanecerem em Centralia.
Outra história curiosa é a do rio Citarum, na Indonésia. Durante muito tempo, ele sustentou inúmeros pescadores que, hoje, recolhem apenas materiais recicláveis de suas águas e sofrem com doenças associadas à poluição causada pelo despejo irregular de lixo industrial têxtil e doméstico.
Amianto
Na Austrália, a série visita um dos territórios mais contaminados do planeta: a cidade de Wittenoon. A região serviu de base para extração do amianto, cujas fibras suspensas no ar comprometem os pulmões e podem causar câncer. A produção conversa com dois dos três últimos moradores dali, que explicam como ocorreu a derrocada e, principalmente, por que preferiram ficar.
Nos Estados Unidos, um caçador de tornados explica por que a região central daquele país é uma rota de tempestades perigosas. Curiosamente, existe uma indústria do “turismo de tornados”, movimentada por pessoas vindas de todo o mundo na tentativa de experimentar a fúria de ventos que chegam a 500 quilômetros por hora.