A
televisão, para muitos, é uma espécie de “reino da
fantasia”, onde a
ilusão impera. Mas esta, definitivamente,
não é a visão do
Discovery Channel. Disposto a ter a vida real como
protagonista de sua programação, o canal por assinatura
estreia na próxima quarta-feira (18), às 23h10, uma nova
série que se propõe a mostrar lugares em que as pessoas convivem constantemente com o “fantasma” da
morte. Os Lugares Mais Perigosos Para Se Viver reúne 72
regiões que, seja pela ameaça constante de
desastres naturais ou em decorrência da ação destrutiva do homem, expõem seus moradores a
perigos que podem ser
fatais.LEIA MAIS
Serão
seis episódios, cada um com
uma hora de duração. Eles reúnem registros impactantes de
comunidades submetidas a, por exemplo,
enchentes devastadoras. Ou situadas em zonas de
erupções vulcânicas, de
avalanches, na rota de
furações ou onde a contaminação do solo e da água determina mazelas sociais. Entre os personagens, especialistas e até os moradores explicam os
riscos, a
história, algumas soluções já criadas para minimizar problemas e por que ainda há gente vivendo em condições tão críticas.
Na estreia, o público confere o caso de Centralia, na Pensilvânia, nos Estados Unidos. Lá, seis pessoas vivem sozinhas, sobre 160 hectares de carvão subterrâneo incandescente. Ali, na verdade, houve uma cidade próspera. Mas um incêndio em uma mina, iniciado em 1962, transformou o espaço em um local abandonado, onde os residentes tentam seguir a rotina depois de conseguirem, na justiça, o direito de permanecerem em Centralia.
Outra história curiosa é a do rio Citarum, na Indonésia. Durante muito tempo, ele sustentou inúmeros pescadores que, hoje, recolhem apenas materiais recicláveis de suas águas e sofrem com doenças associadas à poluição causada pelo despejo irregular de lixo industrial têxtil e doméstico.
Amianto
Na Austrália, a série visita um dos territórios mais contaminados do planeta: a cidade de Wittenoon. A região serviu de base para extração do amianto, cujas fibras suspensas no ar comprometem os pulmões e podem causar câncer. A produção conversa com dois dos três últimos moradores dali, que explicam como ocorreu a derrocada e, principalmente, por que preferiram ficar.
Nos
Estados Unidos, um caçador de
tornados explica por que a região central daquele país é uma rota de
tempestades perigosas. Curiosamente, existe uma indústria do “
turismo de tornados”, movimentada por pessoas vindas de todo o mundo na tentativa de
experimentar a fúria de ventos que chegam a 500 quilômetros por hora.