Televisão

Deborah Evelyn interpreta a misteriosa Kiki em A Regra do Jogo

Willian Bressan
05/09/2015 15:03
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Caixa cênica em novela dá “liberdade incrível” para ator, diz ela. Foto: Globo/Cauá Franco
Ela é o tipo preferido dos autores para interpretar megeras e mulheres ricas à beira de um chilique. É só lembrar de Beatriz Amorim, de Celebridade (2003) e Judith de Caras e Bocas (2009). Talvez por isso ela tenha sido a primeira opção para o papel de Inês em Babilônia. Mas a intérprete Deborah Evelyn está bem longe dessas personagens e ganhou a oportunidade de interpretar uma mulher misteriosa e cheia de segredos no folhetim exibido pela RPC.
A atriz, que esteve em Curitiba para o lançamento de A Regra do Jogo, esbanjou bom humor e simpatia, e aproveitou para declarar o seu amor pela cidade. “Já estive em Curitiba outras vezes. Adoro esse lugar. É uma cidade linda, os moradores são incríveis. Admiro, principalmente, o amor que vocês têm pelo teatro”, contou.
De volta às novelas com um visual bem mais loiro, a atriz de 49 anos conversou com o Viver Bem sobre a misteriosa personagem da novela de João Emanuel Carneiro. Kiki Stewart faz parte do núcleo rico da novela, é filha de Nora (Renata Sorrah) e Gibson (José de Abreu) e mãe adotiva do policial Dante (Marco Pigossi). “Kiki foi sequestrada, e todos acham que ela está morta, porque não foi pedido resgate, e não se deu mais notícias dela. Mas eu vou voltar à trama”, adianta Deborah.
Narrativa ágil
Trabalhando pela primeira vez com João Emanuel Carneiro, a atriz elogiou a condução da trama e os personagens tridimensionais, muito humanos. “É uma novela muito concentrada, com apenas 32 personagens e as histórias andam muito rapidamente. Essa maneira do João de escrever novela é espetacular: há sempre segredos, que nós , ao lermos os capítulos, descobrimos e nos surpreendemos”, conta.
O processo inovador da diretora Amora Mautner – da caixa cênica, que exclui a chamada “boca de cena” – espaço onde ficam os equipamentos, e a gravação das cenas com oito câmeras – alguns delas escondidas e robôs – é considerado genial pela atriz, que comparou a inovação de Amora ao trabalho do diretor Walter Avancini. “O Avancini foi muito inovador e se preocupava bastante com o ator e a Amora tem muito isso. O processo nos dá uma liberdade incrível, porque você não precisa se preocupar em virar para a câmera. Isso era uma coisa que me incomodava bastante, ter que fazer para a câmera. Eu acho lindo ter um ator 360º em cena”, comemora.