Tradição e ousadia fazem todo turista querer voltar a Toronto
Raphael Marchiori
01/01/2016 22:00
Skyline de Toronto: atrações culturais e turísticas por todo lado, numa cidade que acolhe de braços abertos os turistas.
Fotos: Bigstock
O Canadá tem a fama de acolher bem seus imigrantes. O que parece justo, dado aos milhares de paquistaneses, indianos, chineses e tailandeses que vivem por lá. Os orientais têm um bairro inteiro para si. O mesmo vale para os turistas, bem recebidos até pela estrutura construída para proteger os moradores locais do rigoroso frio do inverno canadense.
Entre os meses de dezembro e fevereiro, as temperaturas em Toronto, capital da província de Ontário, ficam em torno de -10 a -5 °C. Mas nada que assuste. A cidade conta com uma estrutura subterrânea, conhecida como “Path”– caminho em inglês, de 30 km de extensão. Além disso, a maior parte das edificações conta com calefação. O título de maior cidade subterrânea do mundo é rivalizado com a também canadense Montreal. Cada lado puxa a alcunha para si, mas é fácil explicar.
A extensão da estrutura de Toronto é menor, mas ela faz mais conexões –tornando maior a possibilidade de resolver todos os seus problemas no ambiente subterrâneo. A Path da cidade de Ontário conta com conexões a cinco estações de metrô, além de dois shopping centers, 50 edifícios e 20 garagens. Pontos turísticos, como a CN Tower, também têm conexão com o local.
Se a escolha pela viagem for durante o frio, o visitante ainda tem a possibilidade de patinar na pista de gelo pública que fica aberta durante o inverno. O local recebe patinadores durante todo o dia e madrugada. Famílias, jovens, canadenses, não canadenses. Todos convivem harmoniosamente por ali. E os patins podem ser alugados por menos de US$ 10 a hora, algo em torno de R$ 30. A pista fica na charmosa praça que reúne o Toronto City Hall, construído na década de 1960 para abrigar a prefeitura de Toronto, e o antigo prédio da administração local, o Old City Hall (antiga prefeitura), uma construção do século 19, ambos em pleno coração financeiro da cidade.
O Old City Hall, pensado pelo arquiteto Edward James Lennox, hoje serve ao poder judiciário, mas duas décadas atrás quase cedeu espaço à expansão do maior shopping da cidade, o Eaton Centre. A pressão dos cidadãos de Toronto, porém, impediu que o local viesse ao chão. A manutenção dele ali é mais um exemplo de como a cidade canadense mantém a tradição e, ao mesmo tempo, inova com construções ultramodernas, como a Art Gallery of Ontario e a Dundas Street.
CN Tower
Visita tem ingressos a partir de US$ 25, mas pode ser turbinada. É possível almoçar ou jantar em um restaurante panorâmico 360° ou – para os mais radicais – praticar o EdgeWalk, experiência na qual o visitante vai para o lado da fora da torre amarrado por cabos de aço e sente a experiência de saltar a 533,33 metros de altura.
Niagara Falls
A duas horas de distância de Toronto de carro, uma visita às cataratas do Niágara é obrigatória – principalmente para o paranaense conhecer a “segunda” queda d’água mais impressionante do mundo. Rivalidade à parte, as três quedas d’água são um espetáculo a parte da província de Ontário. É possível se aproximar delas em um passeio de barco (US$ 18,25) ou um sobrevoo de 12 minutos de helicóptero (US$ 190). Também é possível ir praticamente para dentro da queda da água por meio de túneis construídos em 1846 (US$ 19,95). Mas nem só de água vive Niagara-on-the-Lake. Por lá é possível degustar o famoso ‘Ice Wine’ em um bar a – 10 °C. A região é a única do mundo a produzir o vinho gelado naturalmente por conta das suas variações climáticas (-30 °C a 30°C). Para trazer ao Brasil, há opções de kits com três garrafas a US$ 79.
Art Gallery of Ontario
Queen Street West
*O jornalista viajou a convite da Ontario Tourism Marketing