Atire o primeiro alfajor quem nunca quis trazer na mala todas as delícias degustadas durante as férias: doce de leite da Argentina, queijos da França, presuntos da Itália. Mas muitos alimentos não podem entrar no país na bagagem dos turistas. Apesar da proibição, não falta quem arrisque deixar as guloseimas na fiscalização. Só nos primeiros quatro meses deste ano, 21 toneladas de produtos foram apreendidas nos três principais aeroportos internacionais do país – São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Os itens proibidos são retidos e destruídos pela fiscalização do Ministério da Agricultura. O fiscal federal agropecuário aplica produtos químicos – como azul de metileno, detergente e cloro – para que o alimento não possa ser consumido. Nesta semana, a campanha Bagagem 100% Legal distribuiu folhetos com orientação a passageiros de 17 aeroportos brasileiros sobre os riscos de contaminação para a produção agrícola nacional em transporte de alimentos perecíveis não permitidos. A campanha também está no site da instituição.
Os produtos de origem animal ou vegetal, quando transportados nas malas durante as horas de viagem, podem virar ambiente de proliferação de bactérias, fungos e vírus. Em 1978, o Brasil sofreu um surto de peste suína africana após restos de comida servida em aviões serem descartados clandestinamente, terminando como comida para porcos. O descuido foi o suficiente para contaminar a produção suína brasileira na época.
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