Turismo

É de rio e de mar: conheça Aracaju

Agência Estado
25/08/2016 09:00
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Fotos: Agliberto Lima/Divulgação

Com o sol da manhã no céu transbordante de azul, o catamarã navega tranquilamente ao longo do Rio Vaza-Barris em meio à paisagem natural dos mangues. Levado pelo leve balanço das águas, pelo calor e pelo vento no rosto, o visitante vai se deixando invadir por uma sensação fluida, agradável. À medida que o passeio prossegue, primeiro na parada no banco de areia chamado Croa do Goré, e depois na visita à Ilha dos Namorados, na foz do rio, aquela sensação gostosa se cristaliza em certeza: Aracaju, a capital do pequeno Estado de Sergipe, é uma agradável e acolhedora surpresa, pronta para ser apreciada em qualquer época do ano.
A pesca é  uma das tradições  mantidas pelos locais.
A pesca é uma das tradições mantidas pelos locais.
O Vaza-Barris, fora da área urbana, limita ao sul o município de 632 mil habitantes. O passeio de três horas pelo rio é bom começo para entrar no ritmo de uma viagem de descanso. Embalado pelo som do forró, o catamarã Croa do Goré parte do atracadouro na Orla do Pôr do Sol, em Mosqueiro, em dois horários: às 9 e às 13 horas.
Em 30 minutos de trajeto já estamos na Croa do Goré. Quando chegamos, o banco de areia estava levemente submerso, assim como as cadeiras, redes e pés das mesas, tornando ainda mais peculiar a atração. Para o turista, o melhor dos mundos: água limpa e agradável, sol do Nordeste, cerveja. Aquele pedaço de alegria ainda oferece atrativos menos preguiçosos como um passeio em stand up paddle. Mas não se acanhe se quiser apenas se banhar e relaxar.
Navegar pelo rio é bom começo para entrar no ritmo de uma viagem de descanso.
Navegar pelo rio é bom começo para entrar no ritmo de uma viagem de descanso.
A próxima parada é chamada pela população de Ilha dos Namorados. Trata-se de um gigantesco banco de areia situado na desembocadura do rio e, diferentemente da Croa, tem uma longa extensão sempre acima da linha d’água. A vista é ainda mais reconfortante. Rio e mata de um lado, pássaros acima e, ao fundo, as ondas do mar agitado. Numa caminhada, vai-se descobrindo novos ângulos da paisagem, como a vista parcial da Praia do Mosqueiro. Quem, a essa altura, ainda lembra de trabalho, congestionamentos, contas a pagar?
Na volta, revitalizados pelo encontro com as águas, é hora de aproveitar as atrações da orla perto do atracadouro, entre as quais o passeio de stand up paddle ao pôr do sol é uma das preferidas de moradores e turistas. Estar sobre as águas enquanto as luzes do fim de tarde vão tingindo de laranja o céu e o rio, e a mata vai se escondendo no lusco-fusco é como fazer parte da pintura de um artista impressionista.
Pôr do sol na beira do rio, um dos cartões postais da região.
Pôr do sol na beira do rio, um dos cartões postais da região.
Um dos mais belos cartões-postais de Aracaju, a Orla do Pôr do Sol tem um calçadão de cerca de 600 metros de extensão à beira do Vaza-Barris. Aos sábados, recebe uma feira de artesanato e de comidas típicas, grupos musicais da região e o show de Valtinho do Acordeão tocando Luiz Gonzaga e até o Bolero de Ravel dentro de um bote ancorado perto da margem.
A praia de Atalaia, no Oeano Atlântico revoltoso, é o principal ponto turístico da área urbana, onde está o maior número de hotéis. A cidade tem outras atrações como o interativo Museu da Gente Sergipana, o complexo de mercados municipais, boa oferta de restaurantes e bares, em que peixes e caranguejo fazem a alegria do visitante. Aracaju funciona ainda como hub para bate-voltas: ao Cânion do Xingó, à cidade histórica de São Cristóvão, primeira capital do Estado, e, em direção ao sul pelo litoral, mas já na Bahia, o mítico povoado de Mangue Seco, cenário para a novela e o filme Tieta, baseados no livro de Jorge Amado.
Passeio pelo  Cânion do Xingó.
Passeio pelo Cânion do Xingó.

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