Turismo

Expedição à Antártica

Aldo Pedro Zanon, de Francisco Beltrão
26/05/2011 03:02
No fim do ano passado, eu e meu filho André fomos para Ushuaia, no Sul da Argentina. Juntamente com outros 76 aventureiros de 14 países diferentes, embarcamos em um pequeno barco para a travessia de cerca de mil quilômetros até o Continente Antártico. Navegamos pelas tranquilas águas do canal de Beagle rumo ao sul até entrar na turbulenta, temível e perigosa passagem de Drake. Após 48 horas de viagem, a gente podia avistar os primeiros icebergs. A temperatura oscilava entre -8ºC e 6ºC, durante o dia, literalmente. Nessa latitude, o sol não se põe e, portanto, não há noites.
Visitamos uma colônia de pinguins da espécie délia, papua e magalhães, aves muito mansas, simpáticas e elegantes. Na sequência, caminhamos sobre a neve fofa, por cerca de cinco quilômetros, dessa vez para ver os menos simpáticos enormes e carrancudos elefantes-marinhos.
No dia de Natal, tivemos o privilégio de visitar a Paradisie Bay. Navegamos em águas calmas repletas de icebergs azulados de todos os tamanhos. Ao redor da baía, imensas geleiras esculturais em cores desde o tom azul muito claro até os mais fortes.
Há varias bases de estudo científicos nessa região da Antártica, entre as quais a Comandante Ferraz (brasileira), a Brown (argentina), a Eduardo Frei (chilena) e a Palmer (americana). Nós estivemos em apenas duas: na Brown e na Port Lockroy (base britânica).
De volta para Ushuaia, fizemos a última parada na Ilha Decepción, onde há um vulcão ativo e submerso com o mesmo nome. Nas bordas, podiam ser vista as fumaloras na enorme cratera térmica, onde os viajantes mais ousados podem banhar-se em água quente, a 40ºC, enquanto a temperatura ambiente de é de -6ºC.