Pescar, andar a cavalo, tirar leite de vaca e comer muito bem, obrigada. As atividades oferecidas pela maioria dos hotéis fazenda reservam ao turista a melhor parte da vida no campo: o contato com a natureza e a mesa farta. Na essência, o turismo rural é mais do que isso: é a chance de conhecer mais profundamente uma região, com sua história e cultura, contadas por quem mora e vive no campo.
Não faltam bons motivos para contemplar cenários bucólicos por aí. Em geral, as opções de lazer em propriedades rurais estão perto de casa. A escapada fica mais fácil, pode ser um fim de semana comum ou mesmo um dia inteiro entre cavalos e galinheiros. A maior parte dos hotéis fazenda e instalações campestres em Curitiba e região metropolitana tem a opção day use, onde o visitante paga um valor de entrada que inclui a refeição e acesso às principais atrações. Alguns passeios extras são cobrados à parte, como as cavalgadas.
Ainda que o cenário seja muito parecido, há diferentes tipos de lazer em grandes áreas rurais: equestre, pedagógico, de saúde, recreativo, ecológico ou de observação, para citar os mais frequentes. As categorias de hospedagem também variam bastante. Podem ser rústicas ou mais sofisticadas, com sutis diferenças também nas opções de atividades oferecidas. “O mais comum hoje em dia é o turismo campestre, onde há uma infraestrutura mais moderna e confortável, mais ligada à recreação, inspirada no clima rural”, explica a empresária Wilma Araújo, da agência Armazém Turismo Rural, de Curitiba, especializada no segmento.
A unidade mais estruturada pode ser adaptada em uma antiga instalação original na sede da fazenda ou ser totalmente nova, especialmente construída para o lazer e entretenimento do hóspede em meio rural. Optar por uma ou outra modalidade vai muito do perfil do turista: quanto mais autêntico for o ambiente, mais perto do rural vai ficar.
Além dos hotéis e pousadas, a categoria de hospedagem rural também pode ser em alojamento, quando é possível ficar em casas de colonos e usufruir da propriedade. Há ainda o turismo de experiência rural, que torna o visitante um morador local, com convívio e trabalho no campo. É bastante comum na Europa, mas há unidades no Brasil que replicam a fórmula, principalmente nas propriedades de produção orgânica. É o sistema WWOOF (sigla para World Wide Opportunities on Organic Farms ou Oportunidades em Fazendas Orgânicas ao Redor do Mundo), criado na Inglaterra nos anos 70 e hoje realizado em 50 países. O turista tem a rotina de um trabalhador temporário, com tarefas na produção em troca de hospedagem e alimentação.
Serviço:
• Armazém Turismo Rural – Rua Joaquim Inácio Taborda Ribas, 241, informações pelo fone 3339-1695 ou no site www.armazemdeturismorural.tur.br
• Sistema WWOOF – Informações nos sites www.wwoof.org, www.wwoofinternational.org e www.wwoofbrazil.com.
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