Turismo
A família Mounier, como a maioria de seus vizinhos, ainda rotula manualmente todas as garrafas e fala com orgulho do trabalho quase artesanal para transformar as variedades de tintos (malbec, cabernet sauvignon e tannat) e de brancos (torrontés, típica da região, chardonnay e pinot noir) em vinhos que vende aos visitantes do ano todo e, especialmente, aos que se inscrevem para participar da festa da vindima, no mês de março. Uma pequena parte, cerca de 10%, é exportada para o Brasil.
Em todo o vale, as bodegas exportam 1,2 milhão de garrafas de vinhos Premium para 30 países. A participação dos vinhos saltenhos na produção argentina é de apenas 1%, mas sua presença nas exportações sobe para 15% do volume nacional.
O governo e os produtores saltenhos estão interessados em aumentar sua presença na balança comercial. E os consum idores paranaenses de vinho são público preferencial. Em maio, os governos de Salta e do Paraná aproveitaram a realização do Salão do Vinho para promover uma rodada de negócios entre empresários e líderes classistas das duas regiões. Além dos vinhos, Salta quer vender grãos para os paranaenses e comprar máquinas e equipamentos.
Os vinhedos dos Calchaquíes são os mais altos do mundo. Estão plantados em terrenos que ficam no mínimo a 1.750 metros acima do nível do mar, como em Cafayate. E chegam a 3.015 metros em Molinos e Payogasta. Os primeiros vinhedos foram plantados há mais de 400 anos e hoje ocupam 1.800 hectares. A combinação de altitude, clima, solo, água de degelo e amplitude térmica favorece a maturação e a concentração de aromas.
Com o desenvolvimento familiar da atividade, as várias bodegas produtoras de vinho deram origem à Rota do Vinho, que combina vinícolas, restaurantes, pousadas e hotéis. Alguns começam a trabalhar com a vinoterapia de aplicações cosméticas.
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