Receber bem em casa é uma arte, e organizar um jantar entre amigos ou um lanche informal com a família pede todo um ritual. Estar atento ao cardápio, bebidas, arrumação da casa, decoração e som ambiente deve estar na lista de tarefas a cumprir de todo bom anfitrião. Mas nem tudo são regras. Afinal, um toque de descontração pode fazer toda a diferença para que os convidados se sintam bem-vindos.
São nos pequenos detalhes da decoração que a funcionária pública Débora Formighieri, de 30 anos, cativa seus amigos e familiares quando recebe em casa. “Eu arrumo tudo com capricho para fazer com que meus convidados se sintam bem-vindos”, explica Débora, que aprimorou seus conhecimentos com a equipe do Atelier 16, empresa especializada em ambientações para eventos.
De acordo com a funcionária pública, o segredo está nos pequenos detalhes: um recadinho de boas-vindas no cardápio ou num quadrinho que vai à mesa, taças com nomes personalizados, guardanapos coloridos, velas aromáticas, flores. “Eu tenho uma grande vantagem: meu marido cozinha e a arrumação da casa fica sob minha responsabilidade. Acho que ter uma mesa bonita é essencial, mas procuro não deixar nada pomposo demais, para não inibir os convidados”, ressalta.
Mesmo no dia a dia, ela adora dar um toque especial para um jantar ou lanche com a família. “Até quando pedimos comida em casa, eu gosto de tirar a pizza da caixa e colocar em uma forma bonita. Isso faz toda a diferença na mesa e deixa a refeição mais especial”.
De encher os olhos
Foi com o marido Adriano Reis Maya que a empresária Sandra Mara Zamboni, de 56 anos, começou a aprender a ser uma boa anfitriã. Português da região do Porto, Maya – falecido há 10 anos – era um excelente cozinheiro e ensinou aos poucos sua vocação para Sandra. “Meu primeiro livro de culinária foi meu marido que me deu”, recorda. E ela não parou mais de se aprimorar na cozinha, tanto que se inscreveu no curso de chef de cuisine do Centro Europeu para melhor receber os amigos.
Os dois anos de curso fizeram a empresária não só aprender melhor a técnica de preparo e cozimento dos alimentos, mas também dicas preciosas sobre a quantidade ideal de comes e bebes por pessoa, maneiras de arrumar a mesa e como servir – tudo para encher os olhos dos convidados. “Além disso, é essencial conhecer quem se recebe. Eu sempre pergunto sobre a preferência de todos para não errar na escolha do cardápio”, reforça Sandra.
De geração para geração
Seja para um café da tarde com amigos ou mesmo para um almoço em família, a empresária Kátia Mikami, de 48 anos, sempre gostou de preparar algo especial. E todo esse cuidado com o cardápio ao receber foi herdado da mãe, dona Glaci, que prepara doces e bolos de dar água na boca. Entre as receitas de família preparadas em ocasiões especiais, está o famoso Beijo Russo, um bolo tradicional feito com ameixa seca. “Aprendi essa e outras receitas com a minha mãe, mas o que ela faz muito bem ela não ensina a ninguém”, comenta.
Kátia gosta de cozinhar com calma e, para preparar tudo à sua maneira, pensa no cardápio com antecedência de mais ou menos três dias. “Sempre gostei de cozinhar, só não gosto quando vira uma obrigação”, explica a empresária. Mãe de duas filhas, ela acabou passando esse gosto de receber em casa para as filhas, Bruna, de 19 anos, e Letícia, de 16. “Elas não são muito de cozinhar, mas gostam de chamar os amigos em casa, principalmente a mais velha”, afirma.
Som ambiente
A música pode influenciar diretamente na atmosfera do ambiente, bem como no humor dos convidados. De acordo com o professor dos cursos de Música Eletrônica e Produção Musical do Centro Europeu, Mateus Basso, para criar um clima agradável, é necessário pensar nos mínimos detalhes: volume, posição das caixas e seleção musical. O chavão diz que “gosto não se discute”, mas Basso adverte que existem algumas regras básicas para que a música cumpra sua função em encontros com amigos e familiares. “Não deixe o som muito alto, evite músicas muito agitadas estilo balada e reduza um pouco o volume no momento da refeição”, recomenda. No momento da seleção, leve em consideração a idade dos convidados e o objetivo do evento. Alguns gêneros, segundo o professor, funcionam muito bem para criar uma boa atmosfera. São eles: jazz, soul, disco, lounge e o deep house.
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