Curitibano faz homenagem a paranaenses famosos com “caixinhas de atitude”
Redação, colaborou Monique Portela
06/08/2017 08:00
Foto: Divulgação / Facebook
Na obra de José Oliva, o mestre Paulo Leminski, o fotógrafo João Urban e a rainha do papel de bala, Efigênia Rolim, são apenas alguns grandes nomes paranaenses que já deixaram suas marcas. Há 18 anos “vendendo convicções” na Feira do Largo da Ordem, o artista e publicitário é idealizador das “Caixinhas de Atitude“, uma coleção de 12 caixas com textos e CDs que acompanham um objeto que instiga uma transformação.
Seu último trabalho, chamado “Pessoas são músicas” (R$ 40), é uma homenagem àqueles que marcaram a vida de José Oliva e um convite à escuta, compreensão e reconhecimento das pessoas que estão ao nosso redor. Dentre os homenageados por Oliva, que foram retratados em caricaturas de Ademir Paixão no encarte do CD, constam o urbanista Jaime Lerner, a ambientalista Tereza Urban e até mesmo o juiz Sérgio Moro. “Sérgio Moro é uma baita música de justiça para mim“, comenta Oliva.
Um panorama da cultura popular curitibana
Entre as marcas mais fortes de sua obra, a coletividade e a valorização da cultura local parecem ser quase uma missão. Quem procura uma espécie de panorama da cultura popular curitibana, pode se espelhar na obra de José. No livreto do último projeto, a poesia “Sou feito de Curitiba”, de Antonio Thadeu Wojciechowski, divide espaço com um pequeno perfil do percussionista e compositor Fernando Loko, apenas para citar alguns. Mas José nega: “Não se trata de uma atitude de valorizar. É porque o meu mundo é feito por essas pessoas”, explica.
Ainda que apaixonado pela cidade e sua gente, José não é natural do Paraná. Nas palavras do artista, ele nasceu “acidentalmente” em Abaré, em São Paulo, mas desde que colocou os pés na capital paranaense, aos 6 anos, sente-se curitibano. “Ao tocar violão, bateria, na sala de arte do Colégio Estadual do Paraná, eu comecei a ter a sensação de que usava ‘japona’, ‘ceroula’ e ‘toca’. E comecei a me achar curitibano”, comenta.
Onde encontrar
Aos domingos, na Feira do Largo da Ordem ou na MON Loja (Museu Oscar Niemeyer – R. Mal. Hermes, 999).