Comportamento
Dia da Mulher: o que elas pensam e querem para o futuro

A vendedora aposentada Rosária Canton Grise, de 65 anos, viu as mulheres conquistarem muitos direitos, mas afirma que a luta ainda não terminou. Foto: Cassiano Rosário | Gazeta do Povo


“O Dia da Mulher me lembra como a mulher é sofredora, e eu sou uma delas. Tenho 55 anos e estou há três anos tentando conseguir um emprego, mas não desisto. Saio todos os dias às 6h e distribuo currículos porque sou uma mulher guerreira do mesmo jeito que tantas outras que já lutaram antes de nós”, relatou Maria Goretti Graunke, que procura uma vaga de auxiliar de limpeza.
(Maria Goretti Graunke tem 55 anos e está desempregada)

Foto: Arquivo Pessoal
“Sou muito satisfeita por ter nascido mulher. Quando entrei na universidade, poucas garotas estudavam e tinham apenas três mulheres na minha classe. Depois, para entrar no mercado de trabalho, senti dificuldade porque somente as mulheres que tinham ajuda de algum familiar conseguiam espaço, mas eu venci sozinha e isso só me traz orgulho. Sou feliz por ter vivido na época do cavalheirismo, por ter vencido na carreira e agora por ver as mulheres conquistarem seu espaço, quase em igualdade para com os homens. O Dia da Mulher nos lembra disso: a liberdade conquistada”.
(Edna Cardozo Dias, advogada e doutora em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG)

“Todo ano, vejo o dia 8 de março como um dia especial para lembrar que nós, mulheres, somos incríveis, guerreiras e devemos nos amar. Já lutamos muito e merecemos tudo o que conseguimos, inclusive, os presentes que sempre recebemos neste dia. Eu, por exemplo, vou me presentear!”.
(A vendedora e atleta Natasha Becca tem 19 anos e mora em Curitiba – PR)

“Para mim, esse dia mostra a solidariedade, o cuidado, a resiliência e a superação da mulher. Eu estou cuidando da minha mãe, que sofre de Mal de Alzheimer, e estou com minha irmã internada na Unidade de Terapia Intensiva, mas não desisto. Faço de tudo para atendê-las porque isso também é ser mulher”.
(Veronica Álvares Cançado mora em Curitiba, tem 56 anos, é professora e psicóloga)

“Dia 8 de março marca um dia de reflexão e profunda alegria. Reflexão porque ainda é preciso reafirmar que temos direito à igualdade no mercado de trabalho, a ocupar espaços de poder e termos respeitadas nossa escolhas profissionais, pessoais e familiares. Mas também é um dia de orgulho porque muito do que temos hoje no mundo é fruto do empenho cotidiano de nós, mulheres. Eu me orgulho de ser mulher no mundo contemporâneo gerando ideias, projetos, conhecimento, um mundo melhor e ainda, se eu quiser, novas vidas”.
(Gladis Kaersher é doutora em Educação e moradora de Porto Alegre – RS)

“Acho muito importante representar as mulheres porque elas estão à frente da sociedade, já se superaram e mostraram que podem fazer muito mais. E isso é o que eu quero fazer: escrever minha própria história”
(Maria Alicia de Carvalho tem 12 anos e mora em São Miguel – RN)
