“Mãe é um bicho criativo”. Com essa frase, a amazonense Brena Simas, de 21 anos, resume sua história. O filho Francisco, nascido no fim de maio em Curitiba, não aceitava dormir no berço de jeito nenhum. “Era só eu colocar no berço e ele acordava. Foram as três semanas mais cansativas da minha vida. Eu e meu marido estávamos exaustos”, conta. Foi então que Brena teve uma ideia criativa que deu tão certo que ela transformou em um negócio que está ajudando outras mães.
A inspiração veio da própria experiência. Brena conta que nasceu em uma família humilde, em Parintins, no interior do Amazonas, e sua mãe não tinha condições de comprar um berço ou camas. Por isso, ela e as irmãs dormiram em redes até os 12 anos. “Então resolvi tentar fazer uma para ele. Vi algumas coisas a respeito na internet e no mesmo dia costurei a dele. Para minha surpresa ele adorou, ficou bem calminho. Dei umas embaladas e ele dormiu que foi uma beleza”, conta Brena, que mora em Curitiba há três anos.
Decidida a ajudar outras mães – e também complementar o orçamento doméstico – Brena e o marido começaram a confeccionar redes iguais a de Francisco para vender. O tecido utilizado é o microsoft que, além de antialérgico, também é quentinho e ideal para o inverno curitibano. “Foi também uma saída para nos ajudar em meio à crise”, diz.
No primeiro lote, o casal produziu 20 unidades em cores variadas. Ao colocar as redes à venda nas redes socais, a amazonense vendeu todas e ainda saiu com outras 20 encomendas. Agora Brena criou uma
página no Facebook para concentrar todos os pedidos e também divulgar o produto.
Francisco continua dormindo só na rede, que fica presa ao berço. “A rede dá uma sensação de aconchego, de se sentir abraçado. É até difícil de explicar. Mas olha, quando eu estou muito estressada, a rede ainda é o único lugar que eu consigo relaxar. Acho que é coisa de índio, dos meus antepassados”, diz Brena.
Recomendações
As recomendações de segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria são para que o bebê durma sempre no berço, de barriga para cima e sem nenhum objeto solto próximo, como travesseiros, protetores ou pelúcias. A instituição diz ainda que é perigoso cobrir o bebê, mas se for necessário, deve-se usar uma coberta no máximo até a altura do peito e presa firmemente nas laterais e pé do berço.
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