Comportamento

Gírias e lugares que só quem morou em Curitiba nos anos 80 vai lembrar

Redação
11/11/2017 18:27
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Foto: Rubens Vandressen / Gazeta do Povo

Quem não viveu os anos 80 pode não estar entendendo muito bem o culto à década, com o saudosismo recorrente e sucesso de séries como Stranger Things. Mas ter aproveitado ou não as baladas da época e comportamentos que hoje podem parecer estranhos não é impedimento para se divertir com vocabulários e manias muito típicas.
Ir na Angel’s Flight, das uma passadinha na Mesbla, ir ao Shopping Garcez depois da escola, ou a outras lojas que encerraram as atividades nas últimas décadas pode dar tanta saudade quando os cinemas de rua que não existem mais. Astor, Condor, Cine Ritz não são apenas locais que ficaram na memória, mas sim mostram um comportamento impossível de reproduzir hoje. Nostalgia? Dolangue? Viajar na maionese? Pode ser, mas até descobrir, se você não viveu essa época, veja algumas manias que marcaram essa fase.

Termos e expressões

>> Dolangue

Sinônimo de mentira. Alguém que dá um “dolangue” está inventando histórias.

>> “Fulano é muito “baba ovo”, né?”

O que significa: É uma pessoa bajuladora, o famoso “puxa saco”.

>> “Não viaja na maionese!”

>> O termo significa que alguém está dizendo algo sem sentido algum.

>>  “Não entendi lhufas do que o professor explicou”

O termo representa “absolutamente nada”, “coisa alguma”.
Veja mais expressões típicas curitibanas dos anos 80 na produção do grupo de humor Tesão Piá:

Lugares:

Nos encontramos em frente à Mesbla?

“Gostou dessa roupa? Comprei na Mesbla!”. A cadeia de lojas de departamentos funcionou no país de 1912 a 1999 e era filiada a uma firma francesa. Em Curitiba, a Mesbla ficava na Boca Maldita, onde depois tomou lugar a Pernambucanas e, por fim, as lojas mexicanas Coppel (que encerraram as atividades no Brasil em junho de 2017).

Banco Bamerindus – O tempo passa, o tempo voa

Foto: Denis Ferreira Neto / Tribuna
Foto: Denis Ferreira Neto / Tribuna
Qualquer adulto paranaense acima dos 35 anos com certeza se lembra do Bamerindus, um banco que nas décadas de 70 e 80 era considerado uma das maiores instituições financeiras da América do Sul. Em 1997, porém, o Bamerindus foi vendido ao grupo britânico HSBC (recentemente, este foi incorporado pelo Bradesco).

Mania de Salgadinhos Tip Top

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
Vai uma bolachinha aí? Nos anos 80, praticamente nove em cada 10 crianças curitibanas costumavam lanchar os clássicos biscoitos sortidos Tip Top. A marca surgiu na capital paranaense em 1970 e, mais tarde, tornou-se a principal concorrente da Elma Chips no Brasil, com grande circulação nacional. Em 1993, a Tip Top teve falência decretada.

Torre da Telepar

Foto: Valdecir Galor / Gazeta do Povo
Foto: Valdecir Galor / Gazeta do Povo
Curitibano que é curitibano já usou a torre panorâmica, localizada no bairro Mercês, como ponto de referência em algum momento da vida. Os mais velhos, então, têm dificuldade em chamar o icônico ponto turístico de “torre da Oi” – a empresa telefônica estatal Telepar foi adquirida pela Tele Centro-Sul e Brasil Telecom, que hoje pertence à Oi.
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