Comportamento
3 perguntas que você deve fazer para saber se sua mania pode virar TOC
Ser organizado é uma virtude, mas o problema começa quando este hábito se transforma em um ritual e passa a gerar desconforto e sofrimento para quem o pratica. Foto: Bigstock.
O problema começa quando este hábito se transforma em um ritual e passa a gerar desconforto e sofrimento para quem o pratica — ou seja, Maria perde meia hora todos os dias acendendo e apagando a chama do fogão. Neste caso, ela poderia ser diagnosticada como um distúrbio psiquiátrico de ansiedade que é bem real: afeta quatro milhões de brasileiros, segundo estimativas da OMS.
“Nas síndromes obsessivas compulsivas, o que acontece é um fenômeno chamado obsessão, que é bem mais complexo, em que a pessoa tem um cenário de pensamentos e medos ou preocupações com coisas que parecem absurdas, e que geram uma imensa angústia. E assim desenvolve de maneira intuitiva um grupo de comportamentos que aliviam essa sensação”.
Outro aspecto que pode induzir a esses comportamentos é algum acontecimento impactante ou transformador na vida dos sujeitos, conforme detalha a psicóloga Tatiane Maraschin Fermiani. “Muitas vezes, a pessoa sofre um trauma — como, por exemplo, ser assaltado na rua —, e aí começa a desenvolver rituais de segurança, como trancar a porta várias vezes”.
Como saber se você tem TOC e como tratar?
• Há uma lógica ou justificativa para esses comportamentos? • Os comportamentos acontecem para melhorar a vida da pessoa ou causam sofrimento ou danos para o seu dia a dia? • Essa pessoa sofreu algum trauma que possa ter motivado esse comportamento?
“O TOC abrange um certo número de tipos e sintomas, mas que têm a mesma natureza. São pensamentos intrusivos que geram angústia, tem a ver com dúvidas absurdas, sortilégio, ou seja, a pessoa diz ser azarenta, agourenta, é um pensamento mágico ou místico que em geral não tem nada a ver com a religião que a pessoa pratica”.