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“Não quero ser pai só depois que o Gustavo nascer. Sempre quis ser bem presente durante a gravidez, aprendi isso com meus pais e meu sogro. Eu e minha esposa fizemos cursos juntos de gestante para aprendermos tudo, e vimos que éramos os mais novos lá, com menos de 30 anos. O Gustavo não é só da minha esposa, então sempre estive atento a tudo desde o início da gestação, e pronto para ajudar. Mas, não sei ainda que tipo de pai vou ser. Com meus sobrinhos sou muito divertido, gosto de brincar, não sei se consigo chamar a atenção deles. Vai ser uma experiência nova, mas quero ser atencioso e rígido, e dividir com ele nossas paixões, como as nossas coleções de histórias em quadrinhos”
Luciano Bugay designer, pai do Gustavo, que está para nascer a qualquer momento, esposo da Bárbara Bugay, de 25 anos e designer
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“Eu penso muito no mundo em que vivemos, e eu sei que não posso ser nem muito rígido, nem muito solto com meu filho. Quero ser o pai mais parceiro, mas também um pai respeitado. Não sei. Talvez eu vá mimar muito, e amolecer na hora que vir ele ou ela. Na hora em que a minha esposa, Carla, me entregou a caixa com a roupa que eu usei na maternidade, quando nasci, e o resultado do exame, eu não consegui me mexer. Foi uma mistura de emoções, felicidade e preocupação com a responsabilidade. Quero levá-lo para mexer com carros, que é o que eu gosto de fazer, e ele ou ela vai conhecer a minha profissão de bombeiro. Acho que na hora que pegar no colo vai vir a sensação de ‘papai’”
Leandro Murilo dos Santos 29 anos, bombeiro, pai do bebê que ainda não se mostrou, esposo da Carla Bastos Dias, 28 anos, jornalista, e grávida de quatro meses
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“Ser pai ou mãe não é apenas uma função do número total de horas que passa com o filho. O pai que se interessa em saber o que aconteceu durante sua ausência, e que chega em casa e se envolve na rotina do seu filho, estabelece um relacionamento muito forte e positivo com seu filho também é pai”
Elizabeth Joan Barhem professora do departamento de psicologia da UFSCar, pesquisadora sobre a relação entre pais e filhos
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“O dia que caiu a minha ficha que eu seria pai foi no primeiro exame, quando ouvimos o batimento cardíaco e o desenvolvimento da Maria. Depois, a cada exame, fui curtindo, vendo o crescimento, a formação do bebê ao longo dos meses, se está tudo perfeito. Foi uma emoção gradativa. Ainda não me peguei pensando na questão financeira, nas escolas. Penso que com o tempo isso vai chegar. Penso sim na mudança da rotina, colocar para dormir, fazer mamadeira, trocar a fralda, colocar para arrotar. Como vou conseguir fazer isso? Será que dará certo? Quero ser um pai que consiga ensinar o que ela vai ver no mundo. Não muito protetor, mas saber colocar no trilho certo para ter uma vida tranquila, e com certeza ser um pai brincalhão, participar sempre e estar junto, na torcida pela Maria”
Alison Galvão Zen 34 anos, consultor de sistemas, pai da Maria, que está com seis meses dentro da barriga da mamãe Fernanda Carla Zen, 30 anos, bancária
Se não pode ir à consulta, mostra-se interessado em saber como está a saúde da família em gestação?
Você se considera um pai ‘polivalente’, que se compromete com o sustento do filho e com os cuidados dele?
Você faz escolhas que favoreçam atividades que estimulam o desenvolvimento do seu filho?
Você fortalece relacionamentos com pessoas que são importantes na vida do seu filho, como a mãe, avós, tios e outros familiares?
Se você passou muito tempo longe do filho, tem interesse em saber como foi seu dia, as dificuldades e as conquistas?
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