Um estudo recente publicado na revista Current Biology mostra que pessoas com ansiedade percebem o mundo de forma diferente, pois têm menor habilidade para distinguir entre estímulos neutros ou ameaçadores. Em outras palavras, elas tendem a generalizar as experiências emocionais.
Os cientistas identificaram que tudo tem a ver com a capacidade que o cérebro tem de se reorganizar e formar novas conexões. Por apresentar uma plasticidade mais duradoura, o cérebro das pessoas com ansiedade é incapaz de distinguir novas e irrelevantes situações, resultando em ansiedade.
Um dos pesquisadores, Rony Paz, afirma que sentir-se ansioso pode ser normal e benéfico do ponto de vista da evolução, quando controlada. “Mas um evento emocional, mesmo que de pouca importância, pode induzir mudanças no cérebro que podem levar a um transtorno de ansiedade”, comenta. As evidências indicam que a ansiedade tem raízes genéticas e fisiológicas e, por esse motivo, as pessoas ansiosas não podem ser responsabilizadas por ter doenças mentais. Já a depressão, segundo um estudo publicado em 2015, pode ser uma doença inflamatória.
Uma outra pesquisa da Universidade de Carolina do Norte está avaliando pequenas proteínas cerebrais que devem ser a resposta para tratar doenças mentais, principalmente, a ansiedade. São elas que desempenham um papel importante na liberação do neurotransmissor ligado às alterações de humor, o glutamato. Ou seja, estas proteínas funcionam como uma chave que abre e fecha o portão. Entretanto, o que os cientistas ainda não descobriram é como essa chave funciona, e nem os efeitos que terá no organismo.
O próximo passo do estudo é explorar as diferentes formas de ansiedade, suas causas e seus diferentes impactos no organismo humano.
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