Comportamento

Quer alguém com quem conversar no fim de ano? Ligue para o CVV

Amanda Milléo
24/12/2016 09:00
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(Foto: Bigstock)

Sentir-se sozinho é uma das principais razões pelas quais as pessoas buscam conversar e desabafar na época de fim de ano. No Natal e Ano-novo, o Centro de Valorização da Vida (CVV), uma associação civil sem fins lucrativos, percebe um aumento de 20% na procura pelo atendimento por telefone, e-mail ou chat. Conselhos e soluções não são dadas, justamente para que a pessoa encontre dentro de si mesma as respostas para as angústias.
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“Se eu desse uma sugestão à alguém, seria baseada na minha experiência de vida, que é diferente da história que essa pessoa tem. Isso é um desrespeito com o outro. No momento em que conversamos e ouvimos com atenção e respeito, a própria pessoa vai organizando seus pensamentos de forma que ela mesma encontra as respostas. Isso pode surgir durante a conversa ou mesmo dias depois“, explica Iracema Perin, voluntária do CVV de Curitiba.
Perdas de entes queridos são também motivos comuns pelos quais as pessoas entram em contato com o CVV, o qual respeita o tempo de processamento do luto de cada um. “Algumas pessoas administram isso buscando novos caminhos, lembrando das coisas boas. Existem perdas que permanecem naquela lacuna a vida toda”, diz Iracema.
Ajuda por chat e e-mail
A facilidade do contato com o CVV via internet trouxe um novo público ao centro: os jovens. “Vemos um aumento muito grande de jovens em busca de apoio emocional pelo chat, pelo e-mail. O retorno, via e-mail, é feito no mesmo dia”, afirma a voluntária de Curitiba.
Tanto o contato via chat, Skype, quanto via e-mail é feito pelo site do CVV: www.cvv.org.br. Por telefone, o interessado pode ligar no número 141, ou diretamente no posto da sua região. Em Curitiba, o CVV está localizado na Rua Carneiro Lobo, 35. Bairro Água Verde. O telefone para contato é (41) 3342-4111.

“O ser humano é um ser social, que não consegue viver sozinho, isolado. Existe a necessidade de o ser humano ter contato com outras pessoas e esse é o trabalho do CVV: ouvir os sentimentos” – Iracema Perin, voluntária.