É com enorme satisfação que iniciamos a parceria entre a Aging 2.0 e a Gazeta do Povo, trazendo conteúdos sobre Longevidade. O entendimento da relevância do tema reflete globalmente o avanço demográfico e impacto social, portanto, torna-se fundamental a apresentação de inúmeros fatores que orbitam o envelhecimento.
Uma proporção cada vez maior de pessoas idosas estará presente na população - por isso a associação com cabelos brancos ou prateados. Nos países desenvolvidos, a idade mínima considerada para o idoso é 65 anos, enquanto no Brasil é 60 anos. Dois termos são os mais utilizados para denominar o impacto econômico dessa mudança demográfica. Na Europa é mais usual o termo Silver Economy (Economia Prateada). De forma concisa, pode ser definida como a parte da economia que diz respeito às necessidades específicas da população acima dos 50 anos. O termo Economia da Longevidade (Longevity Economy) foi definido pela influente American Association of Retired Person (AARP), como sendo a soma de toda a atividade econômica promovida pelas necessidades das pessoas com 50 anos ou mais. Também reconhecemos outros impactos da economia da longevidade.
A noção anacrônica de pessoas aposentadas, de pijama e chinelo, que se dedicavam a apreciar (ou cuidar) dos netos e passavam tardes em frente ao televisor ou carteado não cabe mais na realidade presente.
A expectativa de vida média no Brasil era de 52,5 anos em 1960, e em 2020 saltou para 76,7 anos. A taxa de fertilidade média em 1960 era de 6,1 filhos por mulher e em 2015 essa taxa foi de 1,7 filhos, nível abaixo da reposição populacional, de 2,2 filhos por mulher. Projeções da ONU indicam para 2050 um mundo com cerca de 2,1 bilhões de pessoas idosas (25% do total). 68,1 milhões no Brasil. Como estaremos em relação ao sistema de saúde e previdenciário, políticas públicas, mercado de trabalho, seguro, moradias, turismo, cuidados básicos e familiares?
O movimento Aging 2.0, (www.aging2.com) fundado nos Estados Unidos em 2012, constitui uma comunidade colaborativa que busca acelerar a inovação relacionada aos desafios e oportunidades da longevidade, atualmente com mais de 40 mil membros em 32 países e 129 cidades. Na Aging 2.0 existem “chapters”, com embaixadores voluntários que representam o movimento. No Brasil temos embaixadores em Brasília, Curitiba, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro e São Paulo.
Em 2019, a Aging 2.0 participou do Catálogo Seniortech de soluções tecnológicas voltadas para a longevidade no Brasil, promovendo três edições - 2018, 2019 e 2021 - a Chamada de Negócios da Longevidade (Startup Search).
A embaixada de Curitiba é a mais jovem da Aging2.0 Brasil. Compõe a diretoria, eu, Eduardo Ramires, um dos fundadores da Startup Broder, que oferece companhia para atividades externas a seniores e quem mais precisar, tive a honra de substituir a primeira embaixadora, Profª Taiuani Marquine, coordenadora da Universidade Aberta da Maturidade da UFPR, que atua agora como diretora. Temos ainda o Eng. Norton Mello, PhD. em Moradias para Idosos, com projetos arquitetônicos realizados nos Estados Unidos e no Brasil, dentre os quais o BIOOS, em Curitiba. Edilmere Sprada, que organiza cursos para formação de cuidadores para idosos, é pioneira na formação de acompanhantes para idosos em viagens e participa do projeto Broder Travel. Completa o time o psicólogo Raphael di Lascio, que coordenou o projeto UP Maturidade e hoje está à frente da iniciativa MatureSer.
Esse é o time da Aging 2.0 Curitiba, vamos juntos elaborar conteúdos relevantes, práticos e abrangentes sobre as mudanças, desafios e oportunidades da longevidade. A cada edição um tema diferente será apresentado. Venha conosco!
*Eduardo Novaes Ramires é embaixador Aging 2.0 em Curitiba.