Você acompanha tudo o que acontece ao seu redor e o tempo que lhe é proporcionado todos os dias? Ou, por muitas vezes, se pega pensando em como o tempo voa, passa rápido ou te consome diariamente sem que perceba? A palavra “tempo” é constante em nossas vidas e, claro, cronológico. Como falo sempre: de repente, 60!
Mas vamos falar sobre o tempo e suas nuances do longe viver e do cuidado que está em todas as dimensões nesta caminhada. Vale ressaltar aqui que o tempo vivido não está ligado somente à longevidade, mas à qualidade de vida.
Quantas memórias existem em uma vida de 100 anos ou mais? Quanto tempo de dor, de lazer, de alegrias se vive nesse tempo? Seria possível descrever tudo? Qual o máximo de tempo que cada um de nós quer viver? Por onde anda nosso tempo?
São muitas as perguntas que fogem, escapam de nossas mentes. Melhor seria não refletir sobre elas? Mas ressalto: o que você faz todos os dias para CUIDAR de você ou por você? Que tipo de conexões faz mais diariamente? Profissionais, financeiras, sociais, familiares, de amizades, de lazer etc. Qual delas é mais importante para você contar nas memórias futuras? A conexão com a sua própria vida não necessitaria de mais tempo para uma melhor qualidade em seus dias?
Observamos pessoas conectando-se mais com o vazio do seu tempo e pouco consigo mesmo ou até com a natureza. Será que olhamos muito e sentimos pouco? A cultura mostra a ARTE, o tempo mostra o CUIDAR, a vida mostra o SENTIR, então vamos fazer a arte de cuidar pelo sentir todos os dias?
Bem-estar e autocuidado interligados, um alerta mundial para que se perceba isso. A OMS (Organização Mundial da Saúde) vem sugerindo práticas constantes de autocuidado e bem-estar. Um cuidado básico e essencial principalmente para quem quer viver mais e melhor. Falo da cultura do cuidado em palestras, incluo 4 dimensões do cuidado, que lá na frente se conecta com a paz.
Poderíamos falar muito sobre isso, e sobre as 4 dimensões: autocuidado, cuidar do outro, se deixar cuidar e cuidar do planeta. Mas, hoje convido vocês a buscarem informações de como anda o tempo, o cuidar e a longevidade no Brasil e no mundo. Sugiro duas dicas de documentários atuais que podem fazer com que você reflita primeiramente sobre este tempo de se viver 100 anos ou mais e sobre o cuidar da vida. Dan Buettner estudou, pesquisou e traz essa ampla experiência sobre o vivenciar de pessoas no mundo que compartilharam suas sabedorias e assim estabeleceu as tais “Blue Zones” ou Zonas Azuis do planeta. O documentário pode levar a observarmos quais prioridades damos na vida para que ela seja ativa, saudável e longa. “Quer viver até os 100 anos? Segredo das Zonas Azuis” com Dan Buettner.
Por outro lado, indico o filme brasileiro recém-lançado, produzido pela Maria Farinha Filmes, idealizado por Marta Pipponzi e dirigido por Cacau Rhoden “Quantos dias Quantas noites”, um filme que fala justamente da realidade da longevidade no Brasil e a trilha do tempo no cuidado que damos a vida. Como diz na sinopse “um profundo mergulho nos propósitos da nossa existência no planeta”. Não perca a oportunidade de reflexão nestas recentes telas que expõem o lado de milhares de pessoas centenárias e, do outro lado, a realidade e a necessidade de um olhar mais profundo da longevidade e do cuidar.
É fato que o mundo está longevo e que o tempo voa. Que essas telas, portanto, sejam uma experiência para inspirar o olhar para os tempos de hoje e amanhã.
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