Moda e beleza

Acne, de novo?

Criselli Montipó, especial para a Gazeta do Povo
01/09/2013 03:10
“A acne pode estar relacionada também ao uso de cremes muito gordurosos, filtros solares, maquiagem ou até medicamentos”, explica a dermatologista Deborah Skusa de Torre. O problema atinge um percentual maior de mulheres porque elas usam mais produtos com potencial de fechar poros, lembra o dermatologista Fernando Sens Fagundes.
A suspensão de anticoncepcionais também pode interferir no surgimento das espinhas. Os casos relacionados à disfunção hormonal são mais raros. “Pode ser uma alteração hormonal benigna, ou uma doença mais grave, como a síndrome do ovário policístico, que é a mais comum”, ressalta Fagundes. Neste caso, os ovários – que produzem os hormônios sexuais femininos e acolhem os óvulos – abrigam cistos, pequenas bolsas com material líquido ou semissólido, que alteram a produção dos hormônios.
Qualquer que seja a causa do surgimento de cravos ou espinhas, é preciso uma avaliação criteriosa de um dermatologista. Cada caso exige uma prescrição, que pode ser reposição hormonal, uso de sabonetes, cremes, secantes, ou tratamentos a laser e esfoliação química. Há casos específicos de tratamento, com o uso de medicamentos de uso controlado.
Na prática
A empresária Andressa Dallabona, de 37 anos, tinha espinhas inflamadas – nas laterais do rosto e no pescoço – que a incomodavam bastante. “Tive pouco na adolescência, elas apareceram muito mais na vida adulta por conta da síndrome do ovário policístico”, conta.
Aos 30 anos, ela testou vários tratamentos até ser submetida à medicação correta. Hoje, a síndrome do ovário policístico está controlada e Andressa criou novos hábitos. Assimilou cuidados diários que incluem lavar o rosto com sabonete específico e usar produtos hidratantes, filtros solares e maquiagem sem óleo na fórmula.

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