Nascida há 94 anos, em Curvelo (MG), a estilista brasileira Zuzu Angel deixou um legado que é mais lembrado pelo ativismo anti-tirania, mas que também tem importância para a moda do país.
Antes de ser morta em 1976, em um acidente de carro cujas circunstâncias criminosas só recentemente estão sendo investigadas, a estilista renovou a moda brasileira. O desaparecimento do filho, Stuart, em 1971, a moveu.
Enquanto se dedicava a denunciar os crimes da ditadura militar, ela puxou a frente de contestação que fez estilistas se perguntarem que identidade o setor deveria seguir naquele e em qualquer outro momento.
Veja abaixo as frases que Zuzu deixou sobre moda:
“No meu país, acham que a moda é frivolidade, futilidade. Tento lhes dizer que moda é comunicação, além de garantir emprego para muita gente”.
Ao New York Times, em 1975.
Ao New York Times, em 1975.
“Ser livre entre outras coisas, é quebrar todas as regras de vestir convencional e permitir à mulher mostrar em toda sua plenitude o quanto pode ser sexy e atraente”.
“Roupa não tem importância. Moda tem. É um documento histórico. É criação e liberdade”.
“Moda é liberdade, é aquilo que fica bonito de usar, é quebrar uma regra sem a antipatia de ficar obrigada a fazer o que os outros dizem que é bom.”
“Eu sou a moda brasileira”.
“A única vantagem de se fazer moda no Brasil é que temos mais fontes de inspiração do que em qualquer outro lugar”.
Doodle
O aniversário da estilista também está sendo lembrado pelo site Google, com um ícone específico (o chamado doodle):
O aniversário da estilista também está sendo lembrado pelo site Google, com um ícone específico (o chamado doodle):