Moda e beleza
Como Freddie Mercury influenciou a moda no mundo
A influência do vocalista do Queen, uma das bandas de rock mais icônicas do século 20, ainda permanece na moda atual. Foto: Reprodução / Pinterest
Se existe algo que Freddie Mercury não fez durante sua vida foi passar despercebido. Além de marcar a história do rock com o sucesso estrondoso de Queen durante os anos 70 e 80, o vocalista provocou impactos na indústria da moda que ressoam até hoje. Neste sábado (24), a morte do ídolo de milhares de pessoas ao redor do mundo completa 27 anos. Em tributo à sua trajetória, o Viver Bem selecionou cinco provas do legado deixado pelo artista.
Antes mesmo de mudar seu nome de batismo, Farrokh Bulsara, para Freddy Mercury, o menino nascido na Tanzânia e criado na Índia sempre mostrou interesse pela moda e pelas artes. Desde criança, frequentava aulas de desenho, canto e música clássica, mas a paixão pelas roupas foi assumida de vez durante a juventude, em Londres.
Como mostra o filme biográfico do artista e da banda Queen em cartaz nos cinemas, Bohemian Rhapsody, o gosto pela moda floresceu na época em que Mercury estudava design gráfico na Escola de Artes de Ealing. Lá, conheceu Mary Austin, que em breve tornaria-se sua namorada e, depois, noiva. Mary trabalhava na requintada Biba e, logo, a loja britânica se tornou um oásis de figurinos para o futuro vocalista.
“Ele desenhava suas peças e sempre teve cuidado com a imagem, traduzindo sua música ao visual de forma icônica. Esse sempre foi um dos grandes diferenciais dele”, diz Andrea Gappmayer, stylist e professora do curso de produção de moda do Centro Europeu. Segundo a especialista, a essência do artista sempre foi exuberante e a carreira musical funcionou como uma alavanca para que essa característica se intensificasse.
Freddie Mercury ainda vive
Desde a década de 70, a irreverência do artista foi ponto de partida para a inspiração de muitos designers. Das jaquetas brilhantes e bordadas da Balmain (outono/2017) em homenagem a Mercury às calças com listras laterais de Gucci e Adidas que conquistaram fashionistas de todo o mundo no último ano.
“Gosto da história da moda para entender o porquê do uso [de certas peças] no contexto atual. Os anos 70 voltam à cena para, entre outras justificativas, relembrar a rebeldia desse músico tão brilhante”, aponta Gappmayer. De acordo com a stylist, os ícones da música costumam se tornar referência para as releituras cíclicas da moda por um motivo específico. “Eles têm em sua essência uma vontade de se destacar através do inusitado”, afirma.
Regata branca
A blusa era a peça base para os homens da década de 70, mas Freddie Mercury a transformou em elemento essencial para todos. Bem cavada e justa, a regata representava rebeldia e questionava padrões.
Jaqueta amarela
A cor vibrante surge não apenas na jaqueta de couro eternizada pelo vocalista, mas também em outras peças nas próximas estações. “O amarelo solar é revisitado todo verão. A intensidade da cor ainda vai aparecer em muitas coleções”, garante Gappmayer.
Tênis Adidas Samba
O modelo da marca esportiva era um dos favoritos de Mercury e sua marca registrada nos shows. Não à toa, o artista subiu ao palco do Live Aid, durante o último e maior show do Queen (1986), calçando seus Adidas. Hoje, o modelo surge de forma revisitada, mas bem semelhante ao que o vocalista usava.
Calças com listras laterais
“O estilo athleisure, muito relacionado ao esporte, vem com essa referência de misturar peças que não são esportivas com itens desse universo em um mesmo look”, explica a stylist. Mercury fazia isso como ninguém. Hoje, marcas como Gucci e Adidas são as responsáveis por despertar desejo pela peça que era marca registrada do vocalista.
Brilho + metalizado
A década de 70 foi brilho puro e Freddie Mercury soube aproveitar cada faísca. Jaquetas metalizadas, macacões de lamê e muito paetê eram elementos que sempre o acompanhavam em palco. Hoje, o glamour do brilho deixa de se restringir às noites de rock para andar à luz do dia.
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