Moda e beleza

Livro “A Moda Imita a Vida”, de André Carvalhal, é lançado nesta sexta-feira

BRUNA COVACCI, ESPECIAL PARA A GAZETA DO POVO
26/09/2014 20:20
A obra será lançada nesta sexta-feira, às 18h30, na Livraria da Vila, no shopping Pátio Batel.
Em entrevista para o Viver Bem, Carvalhal confessa que fazer tudo ao mesmo tempo o atrai. “Foi por isso que estudei Comunicação. Sabia que o leque de possibilidades para o trabalho é bastante grande”, conta.
Motivado por materializar e criar, sua paixão por marcas e identidade surgiu junto com o gosto pela moda e o trabalho multiplataforma, quando assumiu a área de conteúdo da Farm. Hoje ele sabe que as mulheres que curtem este conteúdo se identificam com a roupa da marca e vice e versa, como uma constante.
A ideia de escrever um livro surgiu na troca de experiências com alunos. O autor é coordenador de moda do Instituto Europeo di Design (IED), e também dá aula em outras instituições. “Há quatro anos comecei a lecionar e neste meio tempo acumulei as perguntas mais recorrentes do assunto. Quando me dei conta, já tinha bastante material, seria ‘marcar toca’ não escrever”, conta. Para ele, cada ação que executamos é determinada pelo que somos, ainda que hoje tenhamos a chance de ser muitas coisas ao mesmo tempo e mais coisas ainda ao longo da vida.
“Eu costumo brincar nas minhas aulas que ao longo da minha vida eu já quis ser várias coisas: surfista, skatista, fashionista… E é bem comum você mudar. Nós vamos conhecendo novas coisas, novas pessoas e isso nos leva a personalidades diferentes”, explica.
“Mesmo que as pessoas mudem muito e misturem referências, as marcas precisam ser muito claras em relação à sua identidade, para que as pessoas que buscam um estilo de vida semelhante ao que ela se propõem a oferecer a encontrem”. Para Carvalhal, é este o segredo de uma grife de sucesso hoje e é o que faz com que os consumidores queiram se relacionar com ela. “Mas, para lançar uma marca nova, também é preciso estudar o mercado, descobrir quem mais está criando para este público e pensar em como ser diferente”, finaliza. De acordo com o autor, a moda para inserção em tribos está em declínio, já que hoje ninguém mais quer ser rotulado e representar algum estereótipo.