Moda e beleza

Luz contra os pelos

Bruna Bill, brunag@gazetadopovo.com.br
26/06/2011 03:04
Tratamento semelhante ao laser, por usar o calor da luz e ser mais duradouro que outros métodos depilatórios, a fotodepilação vem ganhando destaque porque é mais barata que o laser, usa uma temperatura mais baixa e é menos dolorida. Em ambos os tratamentos, o calor da luz atinge o pelo desde a raiz, eliminando-o e enfraquecendo-o, dificultando o crescimento de novos pelos. “São necessárias de 6 a 8 sessões de aplicação da luz para que o paciente elimine cerca de 80% dos pelos da região”, afirma a esteticista Francielle Mueller.
Nem a fotodepilação nem o laser podem ser considerados depilações totalmente definitivas, pois não garantem que os pelos nunca mais voltarão a nascer. “Estes métodos reduzem muito a quantidade de pelos no corpo, porém, depois de alguns anos a paciente vai precisar fazer uma manutenção”, indica o médico Airton dos Santos Gon, presidente da Sociedade Bra­­sileira de Dermatologia Região Paraná.
Os resultados obtidos podem depender da cor da pele, cor e textura do pelo e dos hábitos de vida do paciente, a saúde da pele e principalmente da região que será depilada. “O laser é mais versátil e pode ser aplicado em pessoas com a pele mais escura, uma dificuldade para os aparelhos de luz pulsada”, afirma o dermatologista Gustavo Braz Tha, que em seu consutório prefere usar o laser para a depilação.
Atrativos
Um dos atrativos da luz pulsada é ser um tratamento menos dolorido, pois alguns aparelhos contam com uma tecnologia de resfriamento, o que provoca um efeito anestésico e faz com que a aplicação seja praticamente indolor. “Funciona como uma anestesia não invasiva. En­­quanto os neurotransmissores estão preocupados com o resfriamento, aplicamos a luz intensa. É como se enganássemos o cérebro”, explica Fran­­cielle.
Seja com laser ou luz pulsada, se a aplicação não for feita de maneira adequada podem aparecer sequelas. “Quando o tratamento é feito por alguém não capacitado e aparecem queimaduras ou cicatrizes, as pessoas acabam recorrendo ao dermatologista, que deveria ter sido o primeiro a ser consultado”, alerta o dermatologista Airton dos Santos Gon. Para evitar complicações nunca se deve aplicar a luz pulsada ou o laser sobre a pele bronzeada e os cuidados após as aplicações devem ser redobrados.
O atrativo financeiro da luz pulsada, método mais barato que o laser, também gera outra preocupação, seja pela falta de equipe médica responsável pela aplicação nas clínicas ou por aparelhos ineficientes. “Hoje muito aparelhos podem ser locados com facilidade, mas a calibração deve ser precisa para garantir uma aplicação mais eficiente e segura”, alerta o dermatologista Gusta­­vo Braz Tha. A luz pulsada custa, em média, R$ 60 (por sessão e área do corpo) e o lazer, entre R$ 90 e R$ 100.