Barbearia Clube. Rua Jacarezinho, 21, Mercês, fone (41) 3014-9413.
Ele foi símbolo de poder, atravessou séculos e resistiu às maiores mudanças da moda. O bigode é um sobrevivente e continua enfeitando o rosto de homens de várias gerações. Um exemplo é o professor Gilberto Lavras. O pai usava bigode e ele seguiu o mesmo padrão. Giba, como é conhecido, tornou o estilo uma de suas principais características. Para ensinar Química em salas lotadas de alunos, ele usa um boneco que, assim como o dono, ostenta um volumoso bigode. “O boneco tem de ficar parecido comigo. É minha marca registrada”, salienta.
O agricultor Luiz Queiroz nem lembra ao certo porque começou a usar bigode. “Minha mulher gostou quando nos conhecemos. Hoje estou proibido de tirar”, revela ele. Aos 70 anos, Queiroz nunca tirou nem por curiosidade. E mantém o estilo com todo o cuidado – vai à barbearia duas vezes por semana.
Quem cuida do visual do agricultor é Wanderley Nunes, da Barbearia Clube, em Curitiba. Profissional há 27 anos, ele revela que ainda hoje muitos jovens optam por esse estilo para parecerem mais velhos. “Tem uns garotos novos, de 20 ou 30 e poucos anos, que ainda têm aquela carinha de menino. Então a maioria deles apela para barba e bigode por um certo período, até ganhar aquele ar de credibilidade. A sociedade cobra isso”, afirma o barbeiro.
Personagem
Dúvida? O músico Heitor Humberto deixou o bigode crescer para compor o personagem de uma banda anos 1930. A reação, segundo ele, foi quase imediata. “O bigode equilibrou meu visual. Tenho cara de novinho e sempre acontecia de acharem que eu era mais novo do que de fato era. Assim fico com ar de mais velho”, conta.
Em Curitiba, barbearias cobram, em média, R$ 30 para manter o bigode bem cuidado.
Serviço:
Barbearia Clube. Rua Jacarezinho, 21, Mercês, fone (41) 3014-9413.
Barbearia Clube. Rua Jacarezinho, 21, Mercês, fone (41) 3014-9413.
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