A Novo Louvre abriu o line-up do ID Fashion, evento que acontece no Museu Oscar Niemeyer (MON) entre os dias 27 e 28. A marca trouxe uma homenagem ao ano de 1996 – época da inauguração do Memorial de Curitiba. Como de costume, a marca elege um ícone na cidade como ponto de contato e desta vez foi o Memorial, que ilustra algumas peças em fotografias desmembradas que lembram uma estampa artsy. Em seu desfile, tricôs feitos de resíduos de materiais usados pela própria marca foram apresentados.
A moda artesanal, em que as estampas são digitalizadas e riscadas diretamente sobre o tecido fazem toda a diferença. Outra proposta ecológica é a linha índigo que visa substituir o jeanswear, trocando o processo de lavanderia prejudicial ao meio ambiente pela estamparia digital. Os vestidos tradicionais da marca, que misturam a fluidez de tecidos como o georgette de seda e cinturas e recortes intertelados, proporcionam a sensação de leveza e estrutura. Preto, branco e laranja estavam na cartela de cores. O conforto ainda aparecia nas peças esportivas ou com acabamentos em ribanas. Camisões, vestidos, saias e calças estão entre as peças.
Nos pés, as Melissas da coleção “Wanna be Carioca” ganharam um quê curitibano. As referências noventistas do tema aparecem no xadrez, que do algodão dos gruges virou um sofisticado voal; no índigo feito em estamparia digital e, portanto, mais ecológico porque evita o processo de lavanderia, e na releitura da japona, peça curitibana por excelência, que ganha o requinte de um exclusivo tecido da Santa Constança.
As silhuetas continuam como forte identidade da marca: quadril marcado, longos fluidos, a cintura pontuada por blusê e ombros estreitos. O som rolou no melhor estilo banquinho e violão com o músico Dingue Lingue, dando o clima perfeito para o flanar das modelos. Segundo o produtor de moda Allan Ponciano, todo o tipo de mulher consegue usar as peças da marca, tanto as que procuram por modelagens perfeitas e leveza, quanto aquelas que buscam algo mais esportivo.
