Não é a primeira vez que as diretoras de redação de moda são apresentadas como vilãs na ficção. Isso vem desde os anos 1950, no musical Funny Face. Nele, a diretora da revista Quality, Maggie Prescott (Kay Thompson) chega a maltratar a vendedora de livros Jo Stockton (Audrey Hepburn), antes de torná-la uma modelo famosa. Difícil também esquecer a icônica Miranda Priestly, interpretada por Maryl Streep em “O Diabo Veste Prada” e inspirada abertamente na poderosa editora da Vogue América, Anna Wintour. Agora, na novela das 19h, Juliana Paes interpreta a poderosa, sagaz e sensual Carolina Castilho – ela é do tipo de chefe detestável: dá ordens absurdas, maltrata os outros e não mede esforços para alcançar seus objetivos. A seguir, elencamos algumas coisas que não funcionam como na ficção e aquelas que estão sendo bem retratadas também.
- As roupas importam, sim
Seria ingênuo pensar que quem trabalha diretamente com o assunto não vá querer se vestir bem e reparar na roupa dos outros. Assim, várias editoras e repórteres de moda do Brasil se tornam celebridades do Instagram, apontando seus looks do dia.
- Ir a festas e lançamentos faz parte do trabalho
Além de escrever reportagens e comandar editoriais, quem trabalha com moda precisa ir a lançamentos de coleção, festas de inauguração de lojas, comemorações promovidas pela grife e um batalhão de eventos. Em média, as assessorias mandam convites que lotam a agenda da semana. Daí, os repórteres se dividem para estarem presentes na maioria deles, sem deixar escapar nenhuma novidade.
- Não é só glamour
Definitivamente não é só glamour. É claro que as jornalistas de moda conhecem celebridades, têm acesso às coleções antes delas chegarem às lojas… Mas se engana quem pensa que não tem trabalho duro. A começar pelos editoriais, tem muito trabalho braçal numa produção. O tempo também é imprevisível: já pensou se você está fotografando em um campo aberto e começa uma chuva torrencial? O banco de horas estoura devido a demora das fotos (uma capa do Viver Bem leva até um dia inteirinho para ser fotografado dependendo da produção!).
- Não existe rotina
Tudo pode mudar de um dia para o outro. Dependemos da agenda do que acontece. Já pensou se a modelo Gigi Hadid resolve vir ao Brasil? Nada mais importa, todos vamos atrás do que está acontecendo.
- A rua dita os assuntos que vamos tratar
A inspiração para as reportagens está em todos os cantos. Dos desfiles internacionais até a maneira da nossa vizinha se comportar, tudo serve como um ponto de partida para uma ideia. Ainda assim, muitas pautas têm como base publicações de títulos internacionais, como a Vogue América e a Vogue Paris.