Saúde e Bem-Estar

Bebê gigante nasce com quase 6 kg e 54 cm no interior do Paraná

Marina Mori
27/09/2017 16:59
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Gabrielly nasceu com quase o dobro do peso médio das recém-nascidas no Brasil: 5,720 kg. Foto: Arquivo Pessoal

A terceira filha da empresária Maira Cristina Trevisan, 36, chegou ao mundo quebrando recordes: é o maior bebê nascido na maternidade do Hospital Universitário do Oeste do Paraná, em Cascavel, em 27 anos. Gabrielly nasceu com 5,720 quilos e 54 centímetros. O peso é quase o dobro da média de recém-nascidas brasileiras (3,2 kg). Meninos costumam nascer com 3,5 kg.
“Vou ter que comprar tudo novo”, diz Maira, referindo-se às roupas de recém-nascido. Segundo a mãe, Gabrielly veste peças que equivalem a três meses de idade. A caçula da família nasceu às 12h59 do dia 19 deste mês.
A gestação foi tranquila, mesmo com a barriga “enorme”, segundo a mãe. Durante um ultrassom no sexto mês, o bebê já pesava 1,9 quilos, o equivalente aos fetos do oitavo mês. “A médica disse que ia ser grande, mas eu não esperava tanto”, conta Maira. Ela lembra que os dois primeiros filhos nasceram com peso normal: ela tem uma menina de 17 que nasceu com 3kg e poucos e um menino de cinco anos que nasceu com 4,250 kg.
Riscos e cuidados
O bebê que nasce com peso muito acima da média precisa ser avaliado com muito mais atenção do que aquele que nasce com peso normal”, afirma Cristina Cardozo, pediatra do Hospital Nossa Senhora das Graças.
Segundo a médica, três fatores são responsáveis pelo crescimento exacerbado de um bebê: a genética (caso os pais sejam altos), a ocorrência de diabete e a obesidade materna. O mais preocupante, de longe, é o diagnóstico da doença. “Uma mãe diabética tem mais produção de glicose e, consequentemente, o bebê recebe mais açúcar e nutrientes do que precisaria”, explica.
Nesses casos, o recém-nascido precisa passar pela UTI neonatal até regularizar a taxa de insulina. A pediatra garante que não há risco de que bebês de mães diabéticas nasçam com a doença.
Gabrielly, porém, não se encaixa em nenhum dos casos. Seus pais não são altos (medem 1,63m e 1,68m), sua mãe não é diabética e tampouco obesa – engordou 11 kg durante a gravidez, nada fora do comum entre as gestantes.
Bebês grandes serão pessoas grandes?
Não necessariamente. De acordo com a pediatra, o peso e a altura de um recém-nascido não determina seu tamanho na vida adulta. “O que mais importa nisso é a frequência do aleitamento materno e toda a alimentação durante o primeiro ano de vida da criança.”
Maira, mãe de Gabrielly: "ela já chegou causando", referindo-se ao sucesso que a filha causou por nascer com peso e comprimento bem acima da média. Foto: Arquivo Pessoal
Maira, mãe de Gabrielly: "ela já chegou causando", referindo-se ao sucesso que a filha causou por nascer com peso e comprimento bem acima da média. Foto: Arquivo Pessoal
Mesmo assim, ficou internada na UTI por três dias por causa de uma “sequela” comum aos bebês grandes demais. Seu coração se desenvolveu muito e alterou os batimentos cardíacos. “Isso não é um problema a longo prazo, porque à medida disse que a criança cresce e esses tamanhos se equilibram”, explica a pediatra.
Maira conta que a filha está bem e sendo medicada devido à infecção urinária transmitida durante a gravidez, mas a previsão de alta é para amanhã (28 de setembro).
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