Saúde e Bem-Estar

Calcinha absorvente chega ao Brasil e é alternativa no período menstrual

Redação, colaborou Maria Isabel Miqueletto
22/08/2017 17:49
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Uma das primeiras marcas de calcinhas voltadas à menstruação foi a Thinx, desenvolvida por três amigas de Nova York, nos Estados Unidos. Foto: reprodução / site Thinx.

O mercado está ganhando diversas opções de produtos voltados à higiene feminina – em especial a um aspecto muito comum na vida das mulheres entre os 11 aos 49 anos, em média: a menstruação. As novas alternativas, como o coletor menstrual e a calcinha absorvente, unem maior conforto e menor impacto ao meio ambiente.
A americana Thinx foi uma das primeiras marcas especializadas em calcinhas que absorvem a menstruação, todas desenvolvidas por três amigas de Nova York. Não demorou muito para a ideia se espalhar e as calcinhas especiais conquistarem fãs ao redor do mundo – aqui no Brasil, a nutricionista e apresentadora do programa Bela Cozinha, no canal GNT, Bela Gil, aderiu à moda e contou os benefícios em seu Snapchat no fim do ano passado.
Com o público ansioso para a novidade, duas empresas brasileiras passaram a produzir as calcinhas especiais. A Pantys, primeira marca brasileira no ramo, conta com diversos modelos, cores e tamanhos. Em seu site, reforçam que o produto possui apenas 1/3 da espessura de um absorvente padrão e absorve até 3 absorventes externos. Já a Herself está em fase de pré-venda neste mês de agosto.
As calcinhas absorventes têm vida útil de até 2 anos, em média, e são recicláveis – é só usar, lavar e está pronta para vestir novamente. De acordo com o fluxo da mulher, uma única calcinha pode durar o dia todo. Segundo a ginecologista e obstetra Andresa Foggiatto, a indicação é utilizar a peça em um período que equivale a dois absorventes internos. “O maior modelo armazena até cinco colheres de chá de fluxo menstrual”, completa.
À primeira vista fica difícil entender como uma calcinha conseguiria absorver o fluxo menstrual, mas a chave está em sua composição. Como explica Foggiatto, a calcinha tem quatro camadas com funções específicas. “Uma garante que a pele fique seca, outra tem compostos que matam os germes, a terceira retém o líquido e a última impede que ocorra vazamento”.
As calcinhas não têm restrições de uso, mas o ideal é que mulheres com fluxos maiores usem também um “apoio”. “O indicado é usar a calcinha combinada com o absorvente interno ou o coletor menstrual”, destaca Foggiatto.
Quanto aos cuidados, as calcinhas absorventes não exigem nada além do básico: primeiro é preciso lavar à mão em água fria, depois colocar na máquina de lavar no modo roupas delicadas e deixar secar naturalmente. É importante evitar o uso de alvejante, amaciante, ferro e secadora.
Uma alternativa sustentável
Além do aumento no conforto das mulheres, a novidade também ajuda o meio ambiente. “Esse é um aspecto muito positivo, pois os absorventes convencionais são muito poluidores”, enfatiza Foggiatto.
Segundo dados da marca Fleurity, usando os métodos convencionais, sejam absorventes internos ou externos, as mulheres descartam cerca de 3 quilos de lixo por ano. Com um cálculo simples, cada mulher, entre a menarca (primeira menstruação) e a menopausa (quando a menstruação acaba), produz aproximadamente 120 quilos de lixo apenas durante o período menstrual.
Serviço
A compra da calcinha absorvente da marca Pantys pode ser feita através do site. Os valores vão de R$ 75 (tanga) a R$ 95 (hot pant). A Herself está em fase de pré-venda e a compra das calcinhas também é feita através do site. Os valores ainda não foram divulgados.