
No domingo (26) acontece o primeiro eclipse solar de 2017 (entre 9h e 12h), mas não dá para sair olhando para o céu para conferir. Os especialistas alertam: olhar diretamente para o sol pode causar danos graves à vista! E por mais que os olhos pareçam estar protegidos da maior intensidade de luz, a recomendação é nunca olhar para o sol sem proteção.
O professor João Carlos de Oliveira, do curso de astronomia da FTD Digital Arena, comenta sobre o risco de se usar objetos como chapas de raio-x ou negativos de filmes. “O sol emite três tipos de radiação, que são a luz visível, a ultravioleta e a infravermelho. Quando procuramos observar o sol, nos preocupamos muito só com a luz visível que, naturalmente, é a que menos causa danos. Mas as outras duas são bastante danosas, e estes objetos em geral só protegem da luz visível”, conta.
O eclipse anular do sol deve ser melhor visto nas cidades mais ao sul do continente. No caso de Curitiba, os especialistas indicam que será um eclipse parcial, quando a sombra não assumirá a forma completa de um anel (como quando ocorre no eclipse anular).
Para quem estiver nas capitais ao sul da Linha do Equador (Rio Branco, Macapá, Manaus, São Luís, Belém, Porto Velho e Boa Vista ficarão de fora, conforme animação abaixo feita pela NASA), a recomendação é que se procurem grupos de observação astronômica, que têm objetos para projetar o eclipse. “A observação ideal deve ser feita por projeção, que é quando a luz vinda do sol passa por um instrumento de observação e é projetada em uma parede ou tela, para que não haja danos à vista”, completa. Se você não encontrar nenhum, o professor dá uma última dica. “Uma opção é aquele filtro que os soldadores usam, e que seja de n° 14 pra cima. Dá pra encontrar em qualquer loja de material de construção, e é interessante porque só passa um percentual de 0,003% da radiação solar”, finaliza.
“O ideal é não olhar diretamente, porque isso pode gerar o que chamamos de lesão macular, que é o dano na área da vista responsável pelos detalhes”, explica a oftalmologista do Hospital de Olhos do Paraná, Luciane Moreira. A médica, que também é professora do curso de medicina da Universidade Positivo, salienta que a Degeneração Macular é uma doença ligada à idade, mas que assim como a catarata e o pterígio, podem ser agravada pelo sol. “É um problema muito comum acima dos 70 anos, só que pessoas que ficam muito expostas ao sol podem ter a degeneração mais cedo e mais forte”, completa.
Os interessados em contactar grupos de observação astronômica podem procurar por: Observatório Astronômico e Planetário do Colégio Estadual do Paraná, a partir de 8h30, no CEP (Av. João Gualberto, 250 – Centro).

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